A reconstituição da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, em Esplanada, interior da Bahia, pela Polícia Civil do estado foi feita neste domingo, 12, com a participação de cerca de 50 agentes da Polícia Civil e da Polícia Técnica, sobretudo policiais que estiveram na ação, em fevereiro, solicitada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado, sob a coordenação do Departamento da Polícia Técnica.
O ex-capitão do BOPE fluminense era investigado por envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco em 2018. Adriano foi localizado na fazenda de Gilsinho da Dedé, vereador pelo PSL, e antes disso estava num condomínio na região metropolitana de Salvador, até ser descoberto e fugir para o interior da Bahia, em dezembro passado.
Conhecido como Capitão Adriano, estava foragido desde o início de 2019, quando o Ministério Público do Rio pediu sua prisão acusando-o de chefiar uma milícia e um grupo de extermínio ligado a ela que atua na zona oeste da capital fluminense. Acusado de envolvimento com o jogo do bicho, ele foi expulso da Polícia Militar em 2014.
A operação em que foi morto tem sido objeto de uma guerra de versões. De um lado, estão o advogado de Nóbrega, a família Bolsonaro e seu advogado, afirmando que o ex-capitão foi executado e colocando dúvidas sobre a investigação do caso; do outro, o governo da Bahia, que diz que Nóbrega foi morto em uma troca de tiros. Espera-se que este seja o ponto principal da reconstituição deste domingo.