Créditos: Reprodução Internet

Ontem, 17/01/2019, pela manhã acessei o site da G1 para me atualizar as notícias nacionais. Como costumeiramente, sempre leio casos de violências, as mais diversas possíveis, os quais em sua maioria o alvo são os corpos negros.

A notícia que chamou a atenção foi a seguinte: “Brasil enfrenta superlotação carcerária e ‘epidemia de violência doméstica’, segundo a Ong Human Rights Watch”. Sim, estamos no ranking dos países que mais aprisionam a sua população e do que mais matam as mulheres por serem mulheres.

Minha tese tem sido de que o extermínio e o encarceramento têm sido as políticas públicas destinadas ao povo negro. E a notícia confirma, pois de acordo com a referida Ong, a Lei Maria da Penha é uma das leis mais avançadas no mundo no combate à violência doméstica, porém, o Estado investe pouco para a sua execução. Isto é, se o Brasil é um país com alto índice de feminicídio, não intervir na prevenção é autorizar o assassinato.

Quanto ao encarceramento, basta analisarmos as políticas governamentais, as quais mais investe em construções de presídios do que na política de educação pública. É um Estado penal, em que o crime é ser pobre e negro, uma vez que a maioria da população presa é negra.

E para fechar com total descaso do Estado para com essa população, o atual presidente flexibilizou a posse de armas de fogo. Se é dever do Estado nos proteger, ou seja, garantir a segurança pública, o que nos server ter posse de arma? Não, de fato ter posse de arma não se trata de assegurar a vida e sim de tirá-la, pois não cabe a ninguém, individualmente, decidir quem vive ou quem morre. E você, também vai querer uma arma? Mas antes de pergunte para que.