No último sábado (29/05), as principais ruas do Centro Histórico de Manaus foram ocupadas por representações de organizações da sociedade civil, partidos políticos progressistas, entidades estudantis, movimentos sociais e comunitários, trazendo como bandeiras primárias o impeachment de Bolsonaro e Morão, em resposta às centenas de vidas ceifadas pela negligência do governo federal no combate ao Coronavírus, evidenciada através da Crise de Oxigênio que afetou o estado em janeiro deste ano, além da garantia de auxílio emergencial ao estado onde a maior parte dos trabalhadores pertencem ao seguimento de informalidade e por vacina para todos já.
A defesa da Zona Franca de Manaus, principal polo produtivo que movimenta a economia local, e a denúncia dos cortes orçamentários na educação que, no estado, representou a redução de 43% do recurso anual da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o que afeta diretamente os programas de assistência estudantil e de produção científica e tecnológica, também foram bandeiras evidenciadas.
Nesse sentido, Ruan Octávio, representação da Frente Brasil Popular (AM), enfatiza “o povo da cidade de Manaus está indo às ruas em meio a uma Pandemia, para denunciar os mandos e desmandos do Governo Federal. É inadmissível que o trabalhador hoje não consiga comprar um quilo de carne.
É inadmissível o que o Presidente da República fez especificamente com o nosso estado, não estendendo a mão à cidade de Manaus quando nós tivemos a crise do oxigênio, utilizando a cidade de Manaus como laboratório de experiências fracassadas, à exemplo da imunidade de rebanho. E agora ele faz ameaças veladas à Zona Franca, portanto, é inadmissível que esse governo continue. E hoje o povo está reunido, mobilizado pra gritar: Fora Bolsonaro!”.
“É inadmissível que o trabalhador hoje nã consiga comprar um quilo de carne. É inadmissível o que o Presidente da República fez especificamente com o nosso estado, não estendendo a mão à cidade de Manaus quando nós tivemos a crise do oxigênio, utilizando a cidade de Manaus como laboratório de experiências fracassadas, à exemplo da imunidade de rebanho”
Cidadão amazonense, nem com nojo!
Manaus já foi palco de manifestações contra o atual presidente. No mês anterior (23/04), a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) concedeu-lhe título de Cidadão Amazonense, o que ocasionou a reação de representações da sociedade civil que se mobilizaram em ato simbólico de devolução das honrarias concedidas pelo órgão, em reconhecimento aos serviços prestados em prol do estado, unindo-se em marcha num ato de repúdio à cerimônia de entrega da medalha.
Recentemente (27/05), em visita à São Gabriel da Cachoeira, nas comunidades da Terra Indígena Balaio, e na comunidade Maturacá, na Terra Indígena Yanomami, Bolsonaro protagonizou cenas de ridicularizarão da cultura, dos conhecimentos e saberes indígenas, incitando a CPI da Pandemia à convocarem indígenas que utilizam a medicina tradicional para a prevenção do Coronavírus.
Sem máscara, ainda relatou que fez a utilização de remédios sem eficácia comprovada, à exemplo da Cloroquina, ao apresentar sintomas de reinfecção de Covid-19 no início do mês.
Colaborou para essa matéria Raquel Cardoso (Coletivo Ponta de Lança)
Fotos: Alonso Júnior (Coletivo Difusão);e Jéssica Valois e Raquel Cardoso (Coletivo Ponta de Lança).
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