Vivi por quase 25 anos um casamento a distância, compartilhando durante algumas horas um mundo de coisas que eram para serem vividas com intensidade ao longo dos dias, mas que chegavam a nós em doses homeopáticas. Amar um homem preso é uma missão difícil. Construir relações estáveis ou equilibradas em uma vida dividida é tarefa que requer fé e habilidade. Criar bases sólidas nessas condições é um prêmio reservado a poucos. Durante anos, só o via aos domingos.
Os domingos, mesmo com chuva, são ensolarados.
Os domingos são mágicos, saborosos, consistentes.
Os domingos são poéticos, são acolhedores, são definitivos.
Os domingos são abençoados, são alegres, trazem paz.
Os domingos são fundamentais, são agregadores, imperativos.
Os domingos elevam, harmonizam, transformam.
Os domingos preenchem, os domingos esperam, os domingos sorriem.
Os domingos são inteligentes, tem humor, odor, sabor.
Os domingos acalmam, acolhem, realizam.
Os domingos são pérolas, músicas, risos.
Os domingos são especiais, únicos, dignos.
Os domingos me curam, me salvam, me redimem.
Nos domingos, vejo você!
Quando estamos constantemente juntos, às vezes, deixamos de lado pequenos detalhes, gestos de carinhos, simples gentilezas. Percebemos com menos frequência o outro, automatizamos a vida.
Por isso você, que pode ver o seu parceiro todos os dias se assim quiser, aproveite para conhecê-lo de fato, ouça o que ele realmente diz, ria com seu sorriso. Compartilhem sonhos, planejem viagens, criem objetivos comuns, percebam o que o outro gosta ou desgosta. Seja atencioso, compreensivo, amoroso, ofereça carinho, exercite paciência, beije muito, dê valor a pequenos gestos, aproveite a presença dele na sua caminhada.
A vida é curta e o tempo passa veloz. Compartilhem com leveza bons momentos, riam com tudo que os tragam alegria, construam caminhos que os levem a lugares incríveis dentro e fora de vocês.
E amanhã, divirtam-se!