Nas redes sociais, artistas e produtores culturais das periferias e favelas brasileiras estão se mobilizando contra o ataque da revista Veja ao candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro, Anderson Quack. A matéria, divulgada no último dia 30, trazia em seu título uma tentativa de ligar o nome de Quack ao tráfico.
O mesmo ocorreu com Marielle Franco, quando a elite branca e os grupos bolsonaristas usaram as mídias para desqualificar aqueles que podem representar a favela nos espaços de poder. Assim como aconteceu com Quack, as calúnias contra Marielle partiram de pessoas que estavam no poder. Como, por exemplo, a desembargadora Marília Neves, que usou seu cargo público para validar as mentiras sobre a vereadora.
Não ser solidário à causa de Anderson Quack hoje é o mesmo que endossar o discurso antifavela da revista Veja. Acredito que todos nós que lutamos pela favela temos a obrigação de não ser omisso nesta questão que mais uma vez nos é colocada à prova de nossa união como favelados.
Quack não é só da favela, é negro, pai de família, gestor, ator, diretor de teatro e cinema. Já foi diretor da Fundação Palmares e da Central Única das Favelas (CUFA). Isso não tem como esconder.
Vote em quem quiser nestas eleições, mas não seja omisso com o racismo institucional!
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