Por unanimidade TRE-RJ confirma: Crivella está inelegível até 2026

Defesa do prefeito entrará com recurso contra a decisão - Reprodução: Facebook

Por unanimidade o Tribunal Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) votou nesta quinta-feira, 24, pela inelegibilidade do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Ele não poderá concorrer a nenhum cargo político até 2026.

A votação que teve início na última segunda-feira, 21, foi interrompida com seis desembargadores a favor da inelegibilidade de Crivella. Nesta quinta, Vitor Marcelo Rodrigues acompanhou a maioria. O desembargador havia pedido vistas para analisar o processo com mais cautela. Com a decisão Crivella não poderá concorrer a cargos políticos já na eleição deste ano, a menos que a situação seja revertida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A defesa do prefeito diz que vai recorrer da decisão trabalhando em três frentes: mais tempo para analisar o processo; suspeição de um dos desembargadores; ineditismo da decisão em caso de condenação, avaliando que ele não deve ficar inelegível. O desembargador ao qual a defesa quer pedir suspeição é Gustavo Teixeira, que, segundo o advogado de Crivella, Rodrigo Roca, atua como advogado da Lamsa, concessionária da Linha Amarela, que vive embate com a prefeitura.

Votaram pela inelegibilidade
  • desembargador Cláudio Dell’Orto;
  • desembargador Guilherme Couto;
  • desembargador Gustavo Teixeira;
  • desembargador Ricardo Alberto Pereira;
  • desembargador Cláudio Brandão;
  • desembargador Vitor Marcelo Rodrigues.
Caso comício para funcionários da Comlurb

No dia 14 de setembro de 2018 na quadra da escola de samba Estácio de Sá, foi realizado um comício onde foram apresentados candidatos a deputado estadual e federal. Na ocasião Crivella pedia votos para os candidatos de seu partido PRB, entre eles estava seu filho Marcelo Hodge. “Eu não podia deixar de vir aqui pedir a vocês, humildemente. Não é o prefeito que está pedindo, nem é o pai do Marcelinho. É um carioca”, disse na época.

O prefeito foi acusado de abuso de poder político e conduta vedada em uma ação movida pelo Psol e pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), onde eles afirmam que:

  • Veículos oficiais foram usados para transportar empregados da Comlurb na hora do expediente;
  • Crivella agradeceu ao presidente da Comlurb por ajudar seus candidatos;
  • Candidato Alessandro Costa pediu votos ao filho do prefeito.

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