Na noite dessa terça-feira (25), moradores da favela da Muzema foram até a Câmara Municipal protestar contra a determinação da prefeitura de demolir seis prédios do Condomínio Figueiras do Itanhangá, que são vizinhos aos prédios que desabaram no dia 12 de abril, deixando 24 mortos.
A Prefeitura do Rio notificou os moradores de 45 apartamentos para que em até 72 horas desocupem esses locais, e prevê que até semana que vem comece a demolição desses prédios, os editais de demolição já foram fixados. Os moradores se encontram revoltados, pois estão sendo despejados de suas casas sem receber nada em troca, e o mesmo órgão não está auxiliando em nada para informar, ou ajudá-los. Há relatos de que alguns Agentes da Prefeitura teriam agido de forma arbitrária para com os moradores.
Segundo a Prefeitura do Rio, será oferecido um aluguel social para famílias que recebem até R$ 1.800,00, mas até agora nenhum morador teria se inscrito no programa. Os moradores negam essa informação.
Em entrevista a Rede Globo, Rogério Alves, alegou que a prefeitura chegou com os papéis de despejo, e pegou todo mundo de surpresa. Tem moradores que não sabem para onde ir, pois levaram anos de suas vidas, gastando o que tinha e o que não tinha para poder realizar o sonho da casa própria. E agora tem o risco de ver esse sonho virar um grande pesadelo.
O que os moradores desejam é que não ocorra a demolição, mas que o espaço seja legalizado, para que os serviços públicos, como impostos (IPTU, Conta de Água, etc) possam serem feitos. Pois com a legalização, evita-se demolições arbitrárias, e invasões.