Nem com frequência controlada comércio pode abrir no Rio - Foto Pintererst

O prefeito carioca Marcelo Crivella manteve ontem, 7, as medidas anunciadas em decreto municipal do último dia 2 para uma reabertura gradual das atividades. Apesar das orientações do governo do estado, o conselho científico da capital concluiu por unanimidade que é preciso seguir o plano com cautela e analisar dados das curvas de contágio e óbitos diariamente.

O Procurador Geral do Município, Marcelo Marques,  afirmou que Ministério Público e a Defensoria consideram o embasamento científico mencionado no decreto estadual insuficiente e pediram a suspensão do decreto estadual, até que o governo apresente dados científicos. Com isto, o comércio que voltou a funcionar na capital fluminense anteontem não pode abrir as portas a partir de hoje, 8.

Um site da prefeitura está em construção e nele estarão principais indicadores para a mudança das fases são capacidade de leitos de enfermaria e UTI e transmissão da doença. Dados serão atualizados diariamente em um site específico que está em construção. Nessa plataforma, comerciantes poderão acompanhar todas as fases e orientações de seus segmentos diariamente.

O Painel Covid-19 da prefeitura disponível online mudou de formato e, segundo a Secretária de Saúde, Beatriz Busch, agora é possível acessar números de casos confirmados, recuperados e de óbitos por bairro e a a média dos últimos 15 dias. Outra novidade será a apresentação dos números da semana epidemiológica da doença.

O número de óbitos no mês passado foi maior do que o mesmo período do ano passado, o que levou os técnicos a recomendar mais tempo para que as curvas de contaminação e mortes diminuam. Com as medidas de isolamento e abertura gradual, acredita-se que haverá redução de contágio e óbitos e, com isso, os números vão se igualar à média do ano passado.

As decisões da Prefeitura seguem análises científicas e, no que diz respeito ao momento mais seguro para a reabertura de alguns setores, há divergências com o estado, admitiu o prefeito: “No plano da Prefeitura do Rio, não há suposições ou amostras, são dados empíricos do dia a dia que acompanhamos desde março. Cresce o nosso otimismo, mas não compromete o limite da prudência, porque precisamos ter cuidado para evitar retroceder”.