Nesta quarta-feita (18), a Secretaria Municipal de Ordem Pública da Prefeitura do Rio fez uma operação de choque de ordem para a derrubada de dezenas de barracas consideradas irregulares, na Avenida Engenheiro Souza Filho, em Rio das Pedras. Policiais militares, agentes da Guarda Municipal, da Secretaria de Assistência Social e funcionários da Light estiveram presentes no local para dar assistência aos funcionários da Prefeitura durante toda a operação.
Os agentes da Secretaria permitiram que os donos das barracas pudessem retirar seus materiais antes de os locais serem demolidos. Moradores estiveram assistindo a tudo atônitos, alguns choraram ao ver seus sustentos sendo perdidos. Outros ajudavam moradores a retirarem seus itens, solidarizados e consternados com tudo o que houve.
Imagem: Portal RP (http://portalrp.com/)
Segundo a prefeitura, a operação resultou na retirada de 19 estruturas do comércio irregular e corte de 21 ligações clandestinas: 19 de energia elétrica e duas de água. Com cerca de cem agentes de diversos órgãos municipais e estaduais, a força-tarefa atuou ainda na fiscalização do estacionamento irregular, atendimento à população em situação de rua, e em intervenções de conservação e limpeza urbanas.
Na fiscalização do comércio em geral, 11 estabelecimentos comerciais também foram orientados e notificados para retirada de mercadorias das calçadas, e 638 itens foram apreendidos com ambulantes (segundo a prefeitura) não autorizados. Todo o material foi encaminhado ao Depósito Público de Bonsucesso.
No trânsito, 30 veículos foram infracionados, nove deles por estacionamento irregular (todos removidos) e os outros 21 do transporte complementar de passageiros (vans e kombis). Já a Assistência Social prestou dez atendimentos à população em situação de rua, e a Comlurb recolheu 1,2 tonelada de resíduos sólidos.
A operação é realizada em vários locais da cidade. Não se sabe se terá outras intervenções em outras partes do Rio das Pedras, pois cada dia esse tipo de operação é feito em um local.
Agora a pergunta é: do que essas pessoas irão sobreviver, de onde tirarão seu sustento? Até quando o poder público vai até as favelas do Rio destruir sonhos de moradores que só querem trabalhar honestamente?
