Moradores do Gambá, no Lins de Vasconcelos, denunciaram na tarde de hoje, 3, nas redes sociais, uma operação da prefeitura para retirar comerciantes das barracas montadas na rua, com a participação de agentes da prefeitura, da Light e da Polícia Militar. Nas redes sociais os moradores protestaram principalmente contra a maneira como foi feita a operação, sem aviso prévio.
“Impressionante esse desgoverno e essa covardia feita com o trabalhador! Isso mostra o quanto essa corja está preocupada com a nossa comunidade. Eles sempre trazem isso: tiro e humilhação! Desde sempre!”, disse um dos moradores. Outra moradora mandou um recado para a prefeitura para que, ao invés de expulsar o comerciante, facilite a regularização do seu comércio:
“A pessoa está ali trabalhando honestamente, ganhando o sustento da família, cuidando da calçada pra não ficar cheia de lixo ou entulho. A prefeitura é culpada, se era irregular, por que deixou a pessoa gastar dinheiro se instalando pra depois tirar? Ao invés de legalizar e ajudar o pequeno empreendedor, atrapalha. Qual diferença vai fazer essa barraca ai? Alô, prefeitura vamos chamar pra legalizar porque o trabalhador não pode sofrer assim”, completou.
Em nota a Secretaria Municipal de Ordem Pública disse:
“A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) integrou, nesta segunda-feira, dia 3, diversos órgãos municipais e a Polícia Militar em apoio à ação da Cedae na Rua Engenheiro Eufrásio Borges, próximo ao número 14, em Lins de Vasconcelos. A Cedae removeu uma ligação clandestina que abastecia um lava a jato, dois trailers e uma pequena comunidade de casas localizada atrás do terreno alvo da operação. Já a Light retirou três ligações clandestinas de energia elétrica e cinco quilos de fios. Além do apoio à concessionária, equipes da Prefeitura atuaram na fiscalização do comércio e trânsito na localidade. A Coordenadoria de Controle Urbano, da Secretaria Municipal de Fazenda, fiscalizou três trailers e apreendeu 66 bebidas diversas, quatro cadeiras e uma mesa. A Comlurb recolheu cerca de 200 quilos de resíduos sólidos, e a Seop removeu um veículo por estacionamento irregular. Para a ação, a Subsecretaria de Operações da Seop integrou ainda agentes da Guarda Municipal, e fiscais da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização (da Fazenda) e da Subsecretaria de Vigilância Sanitária (Saúde), mas não havia estabelecimentos comerciais em funcionamento no local para serem fiscalizados”.