O presidente Jair Bolsonaro ampliou ainda mais liberação do uso de máscaras protetoras na projeto de lei aprovado no Congresso, vetando desta vez a obrigatoriedade nos presídios e nas unidades de cumprimento de medidas socioeducativas, Antes, ele havia vetado a exigência de máscaras em igrejas, comércio e escolas. Os cortes na lei votada no parlamento provocaram o recurso do PDT ao Supremo Tribunal Federal para restabelecer as obrigatoriedades.
As sucessivas alterações ao texto, segundo parlamentares federais, descaracterizam a lei por completo, porque a ideia original é obrigar as pessoas a se protegerem em ambientes fechados. Como argumento a seu favor, Bolsonaro disse que o texto era muito amplo, permitindo até a invasão de domicílio para fazer cumprir a lei, além do que outras legislações sobre questões sanitárias estão em vigor, o que dispensa novas medidas.
A oposição tentará reunir votos necessários para derrubar os vetos, mas é tarefa exaustiva com risco de se revelar inócua se o vírus continuar se disseminando. Pelo menos 12 das 18 capitais estaduais que reabriram o comércio e outras atividades confiando em redução momentânea dos casos e das mortes, voltaram ao crescimento da pandemia e muitas reveem o afrouxamento. em Brasília, por exemplo, capital nacional, onde eram registrados 300 casos novos por dia quando o governo permitiu a reabertura geral, em um mês subiram para 1.500 casos confirmados por dia.