Para amenizar o distanciamento social com seus estudantes, o professor Alexandre Geisler, que leciona artes, no Beiru, zona periférica da capital baiana, teve a iniciativa de criar um canal no youtube ampliando a troca de conhecimento sobre histórias africanas e populares.

A ferramenta digital expande o incentivo a leitura para além das sete turmas formais que Alexandre é responsável na escola municipal desta região da cidade, e também contribui para o entretenimento com familiares dos alunos. “Vem, que tem história”.

Parte do material disponível já estava na agenda de aulas do professor, que sempre procura desenvolver suas atividades em áreas livres, feita no pátio da escola, mas com a paralisação das aulas não foi possível iniciar o projeto desse ano como planejado.

Crédito: Reprodução. Professor Alexandre Geisler

Para ter acesso ao canal no youtube basta clicar no link https://www.youtube.com/channel/UCbOII1ZOKZNBC0idyK29tNA

É possível também ter acesso ao conteúdo através do isntagram @vemquetemhistorias ou pelo Facebook www.facebook.com/vemquetemhistorias

O professor Alexandre, ou Xande, como é popularmente conhecido, diz “o material que está no canal é inspirado em histórias de escritores como Daniel Munduruku, Kiusam de Oliveira, André Neves, Celso Sisto e Ilan Brenman, artistas que relatam nas obras a trajetória dos ancestrais africanos, indígenas e contos da cultura popular”.

Diante da pandemia da Covid-19 que assola a população mundial, muitas atividades ainda não tem previsão de retorno a sua normalidade, se é que haverá, e uma das coisas que não se tem nenhuma estimativa de retorno são as aulas. O calendário escolar desse ano já está mais do que comprometido, devido o tempo de paralisação e o atraso das tarefas, mesmo com aulas virtuais, o que pra maioria da população não tem efeito prático.

“Apreciar bons livros e boas histórias é imprescindível para nossa existência. Abre horizontes e nos permite experimentar e perceber o meu mundo e o mundo dos outros. E, a partir disso, refletir e transcender”, concluiu o professor Alexandre Geisler.