O Clube de Leitura Preta no Quilombo, foi idealizado pela escritora e professora de Língua Portuguesa Jéssika Oliveira, que trabalha no Colégio Estadual Doutor Milton Santos, município de Jequié, no sudoeste da Bahia, e é também residente do curso de Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).
O ensino quilombola localizada e a literatura tem sido utilizada como forma de combate ao racismo, através das atividades realizadas pelo clube do livro, que tem um acervo exclusivamente formado por escritores negros brasileiros e estrangeiros.
Criado há um ano, objetivo do clube é promover uma educação antirracista e fortalecer a identidade negra, discutir de forma profunda sobre a identidade negra e quilombola.
“O projeto nasceu como forma de confrontar o racismo e a evasão escolar. Com a leitura, é possível observar e entender vários contextos, inclusive identificar situações de racismo e injúria racial. No primeiro momento, por exemplo, os estudantes nem sabiam que existiam escritores negros, a exemplo de Machado de Assis. Hoje, eles se sentem representados, compartilham com seus pais, familiares e amigos a experiência, se identificando e valorizando sua história e a contribuição importante dos povos africanos e afro-brasileiros na construção do país”, explica.