A Secretaria de Ambiente e Clima da Cidade do Rio (SMAC) e o Observatório Internacional de Juventude (OIJ) estão divulgando inscrições para o programa Jovens Negociadores pelo Clima, com objetivo assegurar a representação diversa e inclusiva das juventudes cariocas nas negociações climáticas nacionais e internacionais.

As inscrições para o curso vão até a próxima sexta-feira, dia 7 de julho. Serão oferecidas 50 vagas com bolsa de auxílio de R$ 200 ao mês.

De acordo com a SMAC, o programa é destinado exclusivamente aos jovens entre 18 e 29 anos, residentes em periferias ou favelas e formados na rede pública de ensino. Segundo a secretária de Ambiente e Clima do Rio, Tainá de Paula, o programa é pioneiro no Brasil, e ela ainda ressalta a importância da participação desses jovens.

“Os jovens frequentemente enfrentam os maiores impactos das mudanças climáticas, especialmente aqueles que vivem em comunidades marginalizadas. Eles trazem perspectivas únicas sobre os desafios enfrentados por suas comunidades e as soluções que podem ser implementadas para enfrentá-los de maneira eficaz”, aponta Tainá.

De acordo com a SMAC, serão dois meses de aulas com estratégias de negociação, construção de coalizões internacionais, habilidades de comunicação eficaz, elaboração de relatórios e documentos de negociação, entre outros aspectos fundamentais.

“As mudanças climáticas impactam principalmente os jovens de favelas e periferias, e por isso esse grupo precisa ser extensivamente consultado, financiado e apoiado para se engajar em ações climáticas. Os jovens ativistas climáticos conhecem os impactos do debate sobre o clima no dia a dia das suas vidas, e exatamente por isso, precisam estar nas mesas de negociações nacionais e globais”, aponta Daniel Calarco, presidente do Observatório Internacional de Juventude (OIJ) e líder jovem global da ONU, que foi criado na comunidade da Vila Vintém, Zona Oeste do Rio.

Maria Luiza, de 22 anos, é cria da Rocinha e atualmente mora em Jacarepaguá. Ela fala um pouco de como o programa pode incluir moradores de favelas no debate sobre mudanças climáticas.

“A favela é vista como vilã, poluidora visual e sonora. Geralmente quem fala sobre isso está lá em cima, consumindo e produzindo a grande massa de poluição. As condições das periferias e favelas são resultado de um descaso ambiental dos gigantes. Nós precisamos ser ouvidos porque passamos na pele, na porta de casa, as consequências das mudanças climáticas. Nós podemos ser agentes da transformação e decisões sobre o nosso planeta”, conclui Maria.

Serviço:
Programa Jovens Negociadores Climáticos
Período de Inscrições: 30 de junho a 7 de julho
Número de vagas: 50 vagas, com bolsa auxílio mensal de R$ 200
Inscrições: bit.ly/inscrevasejnc

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