Segundo IBGE, número de jovens que nem estudam e nem trabalham equivale a 1/5 da população nessa faixa etária
Aproximadamente 11 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não estudam e nem trabalham, segundo o IBGE, isso equivale a 1/5 da população brasileira nesta faixa etária. Uma das causas atribuídas para o número expressivo e crescente, é que esses jovens não trabalham por não terem capacitação adequada e não se especializam por falta de acesso a cursos profissionalizantes em suas regiões. É por esse motivo que o Projeto A Arte Gerando Renda iniciou atividades em Acari nesse semestre, no dia 6 de agosto.
A inciativa ensinará gratuitamente decoração de unhas, maquiagem social, maquiagem artística, além de tranças e turbantes para 200 pessoas, a partir de 15 anos, sem limite de idade. O projeto está em sua quarta edição e já capacitou mais de 800 jovens e adultos da Maré, Piedade e Rocinha. Hoje, eles empreendem ou trabalham com Carnaval, teatro, festas infantis e salões de beleza. As oficinas têm dez semanas de duração, e acontecem na Escola Municipal Jornalista Escritor Daniel Piza.
O A Arte Gerando Renda será dividido em duas etapas, com 100 vagas cada. A primeira ocorre de agosto a outubro e a segunda entre outubro e dezembro. A iniciativa conta com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura e do MetrôRio, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, e tem apoio do Instituto Invepar.
Segundo o IBGE, a região de Acari possui o terceiro pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do município do Rio de Janeiro. O índice mede três pontos: longevidade (vida longa e saudável), educação (acesso ao conhecimento) e renda (padrão de vida), o que motivou a ida ao local. “Estávamos procurando um espaço para desenvolver o projeto em Acari e a direção da Escola Municipal Daniel Piza foi enfática: Queremos vocês aqui”, relembra Marcello Andriotti, diretor da ONG Favela Mundo, que promove o A Arte Gerando Renda.
“Lutamos muito para trazer o projeto para nossa escola, dará oportunidade rápida de um recurso financeiro”, conta Ana Paula Cavadas, diretora da escola. “A região é muito pobre e sofre com carência e violências de todas as formas, não há cursos próximos. Lutamos muito na escola por ações que direcionem nossos jovens, e que dê a eles novas perspectivas