As favelas da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul carioca, vêm sendo abastecidas de cloro e máscaras para higienização e proteção individual através do projeto “De olho no lixo, de olho no coronavírus”, coordenado por Márcia Rolemberg, que tem no currículo experiência na área ambiental no governo estadual do Rio de Janeiro e na ONG Viva Rio. É ela quem fala sobre a corrente solidária proposta pelo projeto:
“O óleo a gente faz uma parceria com a Associação de Amigos de São Conrado, Amasco, que reúne 52 condomínios onde o óleo usado é recolhido. Depois nós vendemos, transformamos em cloro, sabonete e distribuímos junto com as máscaras. A ideia é que a população do Rio, todos, do asfalto e das comunidades, possam colaborar. Ao invés do óleo de cozinha parar nos nossos recursos hídricos, esse resíduo é revertido para a saúde das pessoas. Ele pode salvar vidas”.
Tanto o cloro feito numa “fabriqueta” quanto as máscaras caseiras são produzidos na Rocinha, favela em São Conrado com cerca de 70 mil habitantes. O material obtido é distribuído a moradores de lá e do Vidigal, no Leblon, que abriga aproximadamente 10 mil moradores.