Muito temos ouvido falar sobre o tal projeto de aproximação da polícia “pacificadora” e as favelas. Não consigo passar pelo menos uma semana sem ver os conflitos entre as UPPs, e os moradores do Jacarezinho.
Aqui no Jacarezinho vou começar a colocar novamente as câmeras filmadoras. Ainda restam algumas daquele projeto Condomínio Favela. Na época a Secretaria de Segurança achou um absurdo a implantação deste projeto. Chegou a dizer que este era mais uma artimanha do tráfico de drogas. Seria muita ingenuidade minha permitir esta parceria. Isto sim seria um absurdo.
A aproximação embora pareça impossível, ela pode e deve acontecer. Se depender de mim ela já começou. Hoje a UPP do Jacarezinho iniciou o projeto de lutas marciais na comunidade. Está acontecendo na antiga quadra do Bloco Carnavalesco Não Tem Mosquito. Isto graças a minha iniciativa.
Infelizmente no meio dos mais de 545 policiais da UPP do Jacarezinho, existe uma meia dúzia de insubordinados, crápulas e delinquentes. Isto porque, toda semana um desses citados a cima promovem violências contra a população. Ontem (domingo) fui obrigado a envolver-me em uma dessas ações impertinentes. Um policial sem identificação muito exaltado queria porque queria bater em alguns moradores. Ele deu muita sorte porque em poucos minutos quando as pessoas me viram envolvido no conflito chamaram outras e em pouco tempo uma pequena multidão se formou no local. Se não fosse a minha liderança o policial seria espancado. O que não seria bom pra ninguém, inclusive para a proposta de aproximação.
A minha preocupação é que não são raros estes momentos. Isto pode terminar em tragédia. Já vimos este filme antes.
A Agência de Notícias das Favelas deve apressar suas instalações na favela para mostrar ao vivo a farsa da politica de pacificação.
Que venham as câmeras!
Rumba Gabriel