Lançado ontem, 8, em São Paulo, o projeto Acolhe LGBT+ se propõe a ampliar o acesso ao acolhimento psicológico gratuito e de qualidade para lésbicas, gays, bissexuais, trans, travestis e outras identidades por iniciativa da organização LGBT+ All Out em parceria com o Nossas e a TODXS com acolhimento online. Segundo o psicólogo e coordenador do projeto Caru de Paula Seabra, encontrar esse apoio psicológico pode ser, para muita gente, uma missão impossível. “Receber acolhimento psicológico pode mudar, e salvar, a vida de muitas pessoas LGBT+ no Brasil”, disse.
O Acolhe LGBT+ tem dois formulários: um para que profissionais de psicologia se voluntariar e outro para pessoas LGBT+ solicitar acolhimento psicológico. Para o tratamento seguro, a equipe faz uma checagem do registro de cada profissional no Conselho Regional de Psicologia e o submete a uma capacitação sobre questões específicas da população LGBT+. Assim que as informações são checadas, a plataforma cruza a localização dos psicólogos inscritos com quem solicitou acolhimento e os pares são criados por proximidade.
Além de oferecer esse apoio às pessoas LGBT+, as organizações que compõem o projeto mapearam iniciativas de apoio psicológico e jurídico, gratuito ou a preços módicos para o grupo. “Nossa ideia era criar uma base de dados sempre atualizada desses serviços, para que qualquer pessoa LGBT+ encontre informações rapidamente e de forma centralizada”, explicou Daniela Orofino, da NOSSAS. Esse mapeamento contou teve ajuda voluntária de 40 pessoas.
Segundo Caru, pensar em saúde mental não como a ausência de doenças, mas como uma rede complexa de fatores sociais, biológicos e culturais é um desafio no Brasil, que se torna ainda maior quando se pensa o cuidado em saúde mental de pessoas LGBT+, “uma vez que o país possui um longo histórico de violência para com essa população”. Neste sentido o Acolhe LGBT+ também pretende gerar dados sobre as demandas da população LGBT+ no com relação a serviços de saúde mental, com o objetivo de informar ações por parte do poder público.
Para acessar a plataforma online do projeto clique aqui.
