No mês da Consciência Negra, o projeto Plateias Hospitalares, do Doutores da Alegria, apresenta espetáculos sobre o tema para pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde em quatro dos sete hospitais públicos parceiros do projeto no Estado do Rio de Janeiro. As apresentações incluem dança afro e contação de histórias africanas.
Dia 19, o Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, será palco para o espetáculo de dança Cosmogonia Africana – A Visão de Mundo do Povo Iorubá. Encenado pelo grupo Tambor de Cumba, o espetáculo apresenta o mito da criação do mundo pelas perspectivas do povo iorubá – grupo etnolinguístico africano, cujo território se expande pelos países Nigéria, Togo e República do Benin.
– Cosmogonia pretende alcançar o público de forma democrática, com a finalidade de promover a conscientização a respeito do papel da cultura negra para formação da identidade do povo brasileiro – diz a diretora geral do espetáculo, Aninha Catão.
Dia 22, o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, será palco para o espetáculo de palhaçaria Solo Protocolo.
Outras duas unidades hospitalares parceiras do projeto também receberam apresentações de grupos artísticos, porém com temáticas livres. No dia 6 foi a vez da banda Bagunço leva para o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói. Dia 7, o Hospital Estadual Eduardo Rabello recebeu Homem Foca, espetáculo baseado no circo tradicional e encenado em 17 países.
Sobre Plateias Hospitalares
Realizado desde 2009 no Rio de Janeiro, o projeto Plateias Hospitalares inaugurou de forma pioneira um circuito hospitalar permanente de artes no Rio de Janeiro. Entre as linguagens artísticas oferecidas estão o teatro, a música, o circo, a dança e a poesia. Os espetáculos se adaptam ao espaço hospitalar, colocando a arte como coadjuvante da saúde. Em dez anos, já foram realizadas mais de 600 apresentações, envolvendo mais de 500 artistas, para quase 110 mil pessoas.
O projeto promove o acesso à cultura por meio uma programação voltada a pacientes adultos e idosos, crianças e comunidades do entorno de hospitais públicos do Estado do Rio de Janeiro. Engloba a curadoria dos espetáculos, preparação artística, montagem da programação e acompanhamento da rotina de apresentações.
– A ideia é trabalhar para que, cada vez mais, o hospital seja um espaço não somente de cuidado, mas de promoção da saúde, lugar em que a arte é coadjuvante – diz a coordenadora do projeto no Rio de Janeiro, Silvia Contar. Inspirado no projeto americano “Hospital Audiences”, o Plateias Hospitalares tem parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde.
Sobre Doutores da Alegria
Doutores da Alegria introduziu a arte do palhaço no universo da saúde, intervindo há 28 anos junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos.
A partir das intervenções em São Paulo e Recife, a associação compartilha o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas. Entre seus projetos destacam-se a Escola dos Doutores da Alegria, um programa de formação de cunho social, o desenvolvimento de uma programação permanente em hospitais públicos e a articulação de uma rede de iniciativas semelhantes. E o conteúdo artístico produzido é apresentado em teatros e em empresas.
O trabalho é gratuito para os hospitais e mantido por doações de pessoas e empresas.
Mais informações em:
doutoresdaalegria.org.br
facebook.com/doutores