Fortaleza é a capital do estado do Ceará e a quinta maior do Brasil, fundada em 13 de abril de 1726. Só que nesse período, a cidade que estava em primeiro lugar, a mais importante, era Aracati. Por se achar distante dos principais sistemas hidrográficos cearenses, Fortaleza ficou marginalizada quando se tratava das atividades criatórias, portanto, ausente das vias por onde fluíam a economia.
O Projeto Trilhas Urbanas: Percursos Geográficos na cidade de Fortaleza, realiza há quinze anos, justamente em 13 de abril, dia da elevação de Forta leza a vila, juntamente com o Instituto do Ceará e o Observatório das Metrópoles Núcleo Fortaleza, uma reflexão sobre a cidade.
Devido a pandemia, esse ano não haverá a trilha como acontecia nos anos passados. Então, dia 13 de abril as 15:00h, haverá uma live intitulada: Os tipos pitorescos da Fortaleza antiga, no canal Trilhas Urbanas em comemoração aos 295 anos de Fortaleza.
O evento terá as participações do Professor Juarez Fernandes, sócio do Instituto do Ceará e membro da Academia Cearense de Letras, e a Professora Clélia Lustosa, do Departamento de Geografia – Universidade Federal do Ceará- UFC, também sócia efetiva do Instituto do Ceará.
Para o Professor Dr. Alexandre Pereira, do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará-UFC, “Conhecer e pensar a cidade, representa o esforço e o direito em ampliar a cidade, refletir acerca de sua história, promover a cidadania, e pensar soluções coletivas para os problemas que marcam todos nós”.
Pensando nisso, foi criado na Universidade Federal do Ceará em 1989, o Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LAPUR), “sob coordenação do Professor Dr. José Borzacchiello da Silva e com o auxílio da Professora Dra. Maria Clélia Lustosa Costa”.
História
Conforme o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a vila foi elevada “condição de cidade com a denominação de Fortaleza, por Resolução Imperial de 02-01-1823, Decreto Imperial de 24-02-1823 e Carta Imperial de 17-03-1823, e por este último ato o município de Fortaleza, passou a denominar-se Fortaleza da Nova Bragança”. (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/fortaleza/historico).
Há de se imaginar a riqueza histórica dessa capital ao longo de todos esses anos. É justamente essa trajetória cheia de vieses e acontecimentos diversos, que pressupõe-se passar despercebido para parte de sua população nos dias atuais.
É necessário que os habitantes tenham conhecimento sobre os fatos que marcaram as mudanças e construções culturais, sociais, patrimoniais, econômicas e políticas pelas quais passou a cidade em que moram.
Dessa forma, inicialmente as atividades e os projetos “buscavam compreender processos históricos espaciais, como a chegada de sertanejos do interior do estado do Ceará na cidade, a pobreza e a violência que multiplicaram-se nas praças e nas ruas, e também o início do processo de favelização da cidade de Fortaleza, demandas que a sociedade também buscava respostas”. (https://lapur.ufc.br/pt/historia-do-lapur/).
Segundo a Professora Drª. Clélia Lustosa, do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará-UFC, e Sócia Efetiva do Instituto do Ceará, o Projeto Trilhas Urbanas “se torna oficializado na UFC em 2006, como um projeto de extensão […].
As Trilhas Urbanas elas levam o participante a caminhar pela cidade, com um outro olhar, observando a paisagem, identificando as mudanças no tempo e no espaço, as influências externas na arquitetura, o traçado urbano, o caminhar e observar a paisagem. Portanto, são instrumentos do conhecimento geográfico”.
Durante o trajeto percorrido pelo Trilhas Urbanas, as pessoas têm a oportunidade de visitar espaços talvez pouco frequentados, e nesse intercurso, refletir sobre a história da cidade. De acordo com o Professor Titular e Emérito da Universidade Federal do Ceará-UFC, Dr. José Borzacchiello da Silva, “A Trilha não é simplesmente […] um passeio. É um deslocamento por ruas centrais da cidade, esses deslocamentos que a princípio, não eram temáticos […]. Eles passaram a ser temáticos, e quando eles foram tematizados, eles ficaram mais ricos, porque nós convidávamos pessoas especialistas para trabalhar”.
O site do LAPUR, informa que “As trilhas urbanas são realizadas com o objetivo de olhar criticamente a cidade em várias perspectivas: a maritimidade, o meio ambiente urbano, a segregação e as contradições socioespaciais, espaços do ócio e do negócio, espaços do poder, espaços públicos, espaços de vida e de morte, espaços de memórias, espaços de circulação (becos, ruas e galerias)”. (https://lapur.ufc.br/pt/extensao-universitaria/).
A Professora Clélia Lustosa acrescenta ainda que “tudo isso tem contribuído prá reforçar esse sentimento de pertencimento dos moradores da cidade”.
Outras informações através das redes Sociais: Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC_VswX_m4MyyIRPhCp3Jb8w.
Instagram: @lapur_ufc, e pelo site: https://lapur.ufc.br/pt/.
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