Inovar pode ser uma das alternativas do momento para quem pretende driblar a crise financeira. Mas quem investirá na ideia de sucesso?
Aconteceu na última quarta-feira (27) no Parque da Cidade, na capital baiana, o curso: “Como criar projetos sociais inovadores”. Onde buscou estruturar projetos por meio da metodologia do Impacto Social Canvas desenvolvida pelo Instituto Ekloos, a fim de proporcionar inovação para as iniciativas e aumentar as oportunidades de captação de recursos.
A promoção da capacitação foi da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (SECIS) em parceria com o Instituto Ekloos, apoiada pelo Centro de Inovação de Impacto (Colabore) e pela Associação Clara Amizade.
Vale ressaltar que, o Instituto Ekloos “é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2007, com missão de possibilitar o crescimento sustentável de projetos socialmente responsáveis”, com sede no Rio de Janeiro.
Estiveram presentes cerca de 50 cursistas entre agentes comunitários de comunicação, guia de turismo regional, representantes de instituições sociais e coletivos, monitores, expositores e demais convidados.
Durante o curso todos puderam discutir e praticar em grupo o preenchimento do “Impacto Social Canvas”, sendo uma metodologia que também serve para o desenvolvimento de novos negócios e produtos, e para facilitar no processo criativo de iniciativas sociais que visam gerar impacto.
Nesta perspectiva, o coletivo ou grupo respondeu todas as perguntas inclusas no quadrante: Sonho – Para quê?; Justificativas – Por quê?; Beneficiários – Para quem?; Localidade – Onde?; Organização – Quem?; Atividades – Como?; Requisitos – Com o quê?; Inovação – Diferencias; Equipe – Com quem?; Parceiros – Com quem?; Avaliação – Resultados/Indicadores; Cronograma – Quando?; Custo – Quanto?
Após o preenchimento do Impacto Social Canvas, a instituição pode utilizá-lo na produção do projeto social e captação de recursos. E deve priorizar empresas comprometidas com os dezessete Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) com meta a ser atingida até dois mil e trinta.
“A capacitação é relevante por despertar na sociedade (participantes) a necessidade de trabalharmos em redes numa perspectiva de inovação, sustentabilidade, tendo os ODS como parâmetros institucionais”, expressou o coordenador da Associação Clara Amizade, Eduardo Batista, 39 anos, com atuação no Bairro da Paz, São Cristóvão, Itapuã, Nova Brasília de Itapuã e Piatã.
Empresas do Setor 2.5 também fez parte do repertório do curso. Essa é uma das mais novas modalidades de empreender que tem como finalidade de gerar impacto social.
Segundo o Núcleo de Inteligência em Sustentabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Setor 2.5 “engloba organizações com fins lucrativos; que prezam por impacto socioambiental positivo ou transformação social; e o lucro é parcial ou totalmente reinvestido no próprio negócio”.
Ainda foi abordado no curso sobre a metodologia inovadora conhecida como “Futebol Três Tempos” (Futebol3) criada na Alemanha. Consiste em trabalhar questões relacionadas a valores, respeito, solidariedade, identidade de gênero, desenvolvimento de habilidades para a vida e apoderamento de jovens para atuarem em suas comunidades objetivando resolver o problema da violência.
“Muito valoroso o conhecimento adquirido nesse curso para criar o projeto, muito didático e metodologia criativa. Em breve pretendo criar um projeto social”, disse a proprietária da Confeitaria Artesanal Romariz, Luana Romariz, 39 anos, moradora de Itapuã, em Salvador.
Mais informação, acessar o portal: http://www.claraamizade.org.br/