territórios periféricos
Girl Up Nise da Silveira - Crédito: Divulgação

A atuação de movimentos sociais no processo de formação crítica e cidadã na construção do futuro do país

Diante do cenário pandêmico atual, no Brasil, causado não só pela Covid-19, mas também por inúmeras ações de retrocesso no cenário social, político e econômico, a iniciativa de jovens que atuam em suas comunidades na cidade do Rio de Janeiro revela-se como importante instrumento de resistência na promoção da inclusão social através da educação, arte, cultura, empreendedorismo e outras causas. 

Em tempos em que até mesmo a democracia tem sido ameaçada, a juventude das periferias não para de produzir em prol da garantia de direitos para o pleno exercício da cidadania. O olhar e a ação dessa mocidade têm feito toda a diferença nas favelas, onde as políticas públicas deixam muito a desejar.

O jornal A Voz da Favela foi conhecer algumas organizações juvenis que têm atuado nesses territórios instáveis, mas cheios de potências.

O “Rua”, canal de comunicação que atua na promoção da cultura urbana, propõe debates que buscam fortalecer a opinião jovem no município de Itaguaí. “Estamos nos comunicando através das redes sociais, levantando debates, temas importantes para os jovens da região. Eu venho do graffitte e criei o RUA com a missão de dar voz ao pensamento jovem, agitar e desenvolver a cultura urbana”, explica Tim Henrique, idealizador do canal.  

Por um protagonismo juvenil menos elitizado, formando jovens com papel e caneta é a proposta da “Ini.se.ativa”, que surgiu da reunião de jovens que se uniram para participar do “Chama na Solução”, projeto do UNICEF. “Nós tínhamos que apresentar uma ideia, e pensamos: por que não falar dos problemas que a juventude encara no empreendedorismo social? Uma área que precisa urgentemente das caras das pessoas que vêm das periferias e passam os problemas sociais na pele”, conta Vitória Rodrigues, de São João de Meriti.

A voz da população jovem também está presente na Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra) e no Girl Up Nise da Silveira, organizações feministas.  O Camtra, em atuação desde 1997, tem em sua missão não só ser uma instituição puramente militante, de mobilização de bases em busca de direitos, mas atuar também como uma escola de formação feminista para mulheres jovens, educadoras e associadas de grupos comunitários.  

Já o Clube Nise, formado por jovens da região metropolitana do Rio de Janeiro, surgiu em 2019. “Organizamos ações contra a desigualdade de gênero, levando conhecimento através de ações como o Clube do Livro e o projeto Ciclo do Amor, que atua com oficinas de educação menstrual”, explica Vitória Accioly, 17 anos, moradora de Rocha Miranda e líder do time de Design e Comunicação do Girl Up Nise da Silveira.

Matéria publicada originalmente no jornal A Voz da Favela edição (setembro/2021)

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