A Lei n° 14.900, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (24), reconhece as Quadrilhas juninas como manifestação cultural nacional. A data é simbólica pela celebração ao Dia de São João. O responsável pelo projeto para incluir as quadrilhas como manifestação cultural nacional é o deputado federal Ruy Carneiro (PSC-PB). A lei foi discutida no Senado em maio passado e aprovada em caráter terminativo na Comissão de Educação.
Este ano, em Campina Grande, na Paraíba, cidade conhecida por realizar uma das maiores festas de São João do Brasil foi registrado um novo recorde de maior quadrilha junina do país. Segundo o governo federal, no dia 13 de junho a dança reuniu 1.280 pares e sacramentou o 10º título consecutivo de maior quadrilha junina brasileira. São esperadas 3 milhões de pessoas em 33 dias de festa.
Ceará e Bahia aparecem logo em seguida como os estados do Nordeste de festejos mais populosos, com públicos esperados de 2 milhões e 1,5 milhão respectivamente.
Já no Sudeste, Minas Gerais tem expectativa de um aumento de 20% dos participantes nas celebrações populares em diversos municípios, atingindo um público de 3 milhões de pessoas em dois meses. Em São Paulo, o arrasta-pé deve movimentar 500 mil participantes, em 300 municípios, informa o Ministério do Turismo.
Na Região Norte, a capital de Roraima, Boa Vista, promete mobilizar 370 mil pessoas e movimentar R$20 milhões. Já em Palmas, no Tocantis, 60 mil pessoas devem celebrar os santos, em cinco dias de festa do tradicional Arraiá da Capital.
Em algumas regiões do Brasil, como no Maranhão, a dança ganha ainda a força do folclore, com a absorção de elementos do Bumba Meu Boi.
A história das quadrilhas juninas nasceu no século 18, em Paris, durante as danças de salão europeias composta por quatro casais. A “quadrille” era dançada pela elite europeia e chegou ao Brasil por meio da corte portuguesa no início do século 19, e logo tornou-se febre no ambiente aristocrático.