“Agora nós não podemos, nós todos não podemos nos envenenar com essa mídia
podre que nós temos aí, em grande parte, podre como nós temos aí”. A frase dita pelo presidente Jair Bolsonaro em uma live no dia 27 de fevereiro de 2020, foi o 31º ataque à Imprensa no ano de 2020, segundo a linha do tempo feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Nessa Live alguns dos temas que deveriam ser discutidos eram: liberdade dos meios de comunicação e gastos com a imprensa no passado. Nos primeiros 32 segundos de conversa o presidente afirma que o combustível da imprensa é a mentira e em seguida começa a atacar o colunista da revista online Época, Guilherme Amado. “Quem me conhece sabe quem eu sou, não tem problema, mas é uma vergonha o que a imprensa brasileira faz, em especial esse Guilherme Amado, que assina umas 10 matérias por dia”, disse Bolsonaro que em seguida chama Guilherme de “bocó”.
No minuto 13 da Live, o presidente passa a atacar a colunista do Estadão, Vera Magalhães, afirmando que a mesma deveria criar “vergonha na cara” e parar de procurar furo jornalístico. Jair Bolsonaro continua no minuto seguinte atacando a grande mídia, chamando o conteúdo exposto por elas de “grande fofocaiada” e dando a entender que toda a informação veiculada nesses grupos não passam de mentiras. “A mídia não faz né, como regra, não faz matéria séria, mostrando a verdade, do que tá acontecendo. Nós devemos deixar defazer com que nossos ministros deem entrevistas, também, pra televisões que não têm compromisso da verdade, não têm compromisso com o Brasil”, disse o presidente.
Em 34 minutos de Live, Jair Bolsonaro atacou a imprensa durante 13 minutos. Vale lembrar que a liberdade de imprensa é um direito democrático e, portanto, constitucional.
Essa matéria é a segunda da série de reportagens da Agência de Notícias das Favelas que vai relembrar durante 7 dias, algumas das mais de 200 vezes que Jair Bolsonaro atacou a Imprensa. Para acompanhar desde o início clique aqui: primeira matéria