O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou hoje, 24, o aumento de até 50% nos casos de violência doméstica no estado, em consequência da quarentena determinada pelas autoridades sanitárias para controlar a transmissão da pandemia do coronavírus.
Não foram detalhados números nem locais, mas o histórico de atendimento à mulher vítima de agressão em casa permite inferir que eles têm maior incidência nas áreas pobres e carentes das cidades. As queixas têm chegado através de organizações não governamentais, coletivos e associações de defesa da mulher.
O isolamento domiciliar das famílias por longo período pode ser comparado, com desvantagens, à prisão domiciliar, com a grande diferença de que estão todos confinados. Psicólogos aconselham ações coletivas, como assistir televisão juntos, jogos de tabuleiro e atividades lúdicas tipo brincadeiras de que todos participem.
O desgaste nas relações pessoais é inevitável sem uma boa dose de paciência e o exercício permanente do diálogo e do entendimento, dizem estudiosos de ciências comportamentais. Devem ser evitadas discussões, ofensas e, obviamente, agressões verbais ou físicas.
O fenômeno registrado no Rio de Janeiro também foi acusado por autoridades chinesas, onde o coronavírus surgiu, e em países por onde se espalhou. As diferenças estão no nível da violência, em especial contra a mulher, na cultura e na renda per capita de cada sociedade.