E cá estamos nos últimos dias de 2016. Ano intenso e de grandes reviravoltas em diversas áreas. Acredito que a palavra da virada do ano seja “reinvenção”. Muitas das coisas que conhecemos já não são mais as mesmas – se reinventaram por diversas questões, o que faz com que também precisemos nos reinventar enquanto sujeitos.
O processo de criação coletiva e de forma horizontal certamente é uma das tendências que ganharão força em 2017. Coletivos cada vez mais organizados, espaços de coworking como a Casa Brota, do Alemão, e o Território Inventivo podem ser o celeiro de grandes transformações na cidade. Se o contexto não está favorável, sai na frente quem já sabe se virar com quase nada ou nada. A captação de recursos no setor privado é uma brecha por abrir e que pode virar um corredor.
Atividades que promovam encontros, trocas e produção de conhecimentos serão grandes fortalecedoras também. Se há uma estrutura se montando para encerrar conquistas que permitem acesso à educação para as populações menos favorecidas, essas iniciativas vão gerar um efeito reverso, principalmente, para mobilizar e provocar inquietações tanto nos mais novos como nos mais velhos. O curso de História Geral da África do Instituto Hoju certamente é uma dessas importantes e marcantes iniciativas do próximo ano.
Não há dúvidas de que 2016 foi um ano pesado. Houve grandes derrotas, retrocessos e uma crescente do extremo conservadorismo. “Crise” foi uma das palavras mais ditas do ano. Também houve quem soube fazer acontecer e obteve êxito. Podemos falar de intensidade, de vitórias e derrotas, do que há de bom e de ruim. Um grande aprendizado é que, se as circunstâncias mudam, aí mesmo que devemos ter fé naquilo que realizamos e acreditamos. Até porque, fé é caminhar de olhos fechados, independente de religião.
O ano só será novo se nos reinventarmos. Sempre há um novo amanhecer todo dia no mundo e nas nossas vidas. Que seja a colheita do que foi plantado. Que venha 2017! Simbora!