Universo da cultura Yorubá será representado por treze imagens esculpidas em madeira
O município de Queimados receberá a exposição internacional de artes africanas do artista plástico nigeriano, Lukman Alade Fakeye. A exposição “Lukman Alade Fakeye – Tradição e Cultura Yoruba”, que tem sua curadoria e realização a cargo do professor Nielson Rosa Bezerra e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e de Cultura (SEMUC) e tem por objetivo mostrar um pouco do universo da cultura Yorubá através de treze imagens esculpidas em madeira.
A exposição estará aberta para visitação gratuita de 15 a 30 de abril no Espaço Cultural Antônio Fraga, que funciona nas dependências da SEMED (Rua Hortência, n°06 – Vila Tinguá (Centro), das 09h às 17h. Entrada Gratuita.
O artista plástico Lukman Alade nasceu em 25 de junho de 1983, em Ibadan, Nigéria. Sua família é reconhecida no mundo da tradição Yoruba pela importância de suas múltiplas gerações de escultores. Lukman é membro da 6ª geração de uma longa linhagem de uma tradicional família de escultores da cultura Yoruba – Dinastia Fakeye. Sua formação seguiu a tradição familiar, sendo treinado por seu pai Akin Fakeye desde menino, aos 11 anos de idade. Atualmente Lukman é membro da SNA-Sociedade dos Artistas Nigerianos, sessão de Oyo. Seu trabalho tem sido exibido em toda a África Ocidental, Inglaterra e na Venezuela e agora chega a Queimados. “Estou muito feliz em expor minha arte no Brasil. Minha obra preferida é a Arugba, que representa um devoto de Orisa (divindade), que carregava uma taça sobre a cabeça para protegê-la e mostra também o carinho da mulher africana com a criança”, comenta lukman.
O curador é o Pós-doutor em história pela University of the West Indies, Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense, professor visitante da Universidade Estadual do Maranhão, Diretor de Pesquisa do Centro de Referência Patrimonial e Histórica de Duque de Caxias e Pesquisador da Universidade Iorque no Canadá, Nielson Rosa Bezerra. Segundo ele, as peças que compõem a exposição foram escolhidas de acordo com o que cada objeto representa para o seu país e o significado de cada uma. “Existe uma ideia de que a arte africana é uma arte primitiva. Nosso propósito é defender um outro olhar, proporcionar uma perspectiva didática e educativa com suas características e referências estéticas”, destaca Nielson.
De acordo com a Secretária Municipal de Educação, Mirian Motta, a Exposição vem ao encontro da necessidade de se fazer cumprir a lei federal 10.639/03, que diz respeito ao ensino da História e Cultura Africana nas escolas. “Será uma ótima oportunidade para fazermos reflexões sobre as questões políticas, sociais e culturais que envolvem o povo da Baixada Fluminense, região periférica à capital carioca e que do século XVII aos dias de hoje tem sido lugar de destino da diáspora africana. Agradeço o empenho do professor Nilson Henrique que está organizando esta grande exposição que já passou por diversos lugares do mundo e chega agora em nossa cidade”, disse Mirian.
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