A proatividade é uma característica das pessoas que desejam fazer algo para contribuir diante de uma situação sem esperar por uma autorização ou “ordem” para agir.

Principalmente quando tal atitude é para mediar algum conflito, amenizar mazelas, algo que se refira ao bem comum, o espírito coletivo aguça e reforça o perfil proativo desta pessoa.

Mesmo que agir não esteja de acordo com a opinião de outros, não se pode desconsiderar esta ação, a tentativa foi a melhor maneira de demostrar que não somos passivos ou omissos, e até mesmo indecisos, beirando uma neutralidade que reforça um distanciamento, falta de empatia.

Crédito: Nilber Lucena. Colaboradores de João Pessoa- PB com o Editor da ANF Paulo de Almeida Filho

Estar em cima do muro para algumas pessoas é ter a oportunidade de olhar para os dois lados, mas se essa observação não provocar um ação de decisão, de agir, a pessoa tende a ser considerada como um indivíduo indiferente das questões que os rodeia.

Nessa perspectiva de empatia, solidariedade, contribuição social, cidadãos ativos e ávidos por mudanças e transformação social, estão formando um grupo de colaboradores, mobilizadores e comunicadores sociais, em João Pessoa- Paraíba.

Pessoas imbuídas na missão de contribuir com a democratização da informação nas favelas da cidade, e consequentemente do estado.

Crédito: Priscila Cardoso. Apresentação da ANF e o jornal A Voz da Favela

Mas, agindo a partir de mudanças pessoais, sendo a diferença que desejam para o mundo.

Assim, pelo segundo mês consecutivo aconteceu, 17/12, o encontro dessas pessoas com o editor da Agência de Notícias das Favelas, Paulo de Almeida Filho. Os encontros são importantes para a ampliação das ações da ANF no nordeste e o fortalecimento da rede de colaboradores na capital paraibana, como têm acontecido em outras capitais do país.

Um grupo diversificado e plural, tanto de formação como de experiências profissionais, porém a proatividade dos participantes é perceptível desde as primeiras mobilizações que aconteceram ainda a distância.

Estiveram presentes, jornalistas e estudantes de jornalismo, e representantes do sindicato de jornalistas, profissionais de educação básica e superior, coordenadores de projetos sociais, artistas, produtores culturais, entre outros.

Colaboradores que demostram sua vontade em contribuir seja com as produções de conteúdo para o jornal A Voz da Favela e o portal www.anf.org.br, como nas articulações de parcerias para a concretização da ANF na cidade.

Acreditamos na força popular, na mobilização de pessoas, na rede de solidariedade, que agrega, interagi e reforça a importância das relações humanas.

A comunicação comunitária é uma ferramenta nesse processo de democratização da informação e valorização dos moradores das favelas, possibilitando que cada um seja um comunicador para contar sua realidade através do seu olhar.

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.