Você já ouviu falar em racismo ambiental? Esse é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque mundial nos debates. Ano após ano, grandes tragédias ambientais ocorrem e os registros demonstram que as áreas mais afetadas são as periferias, subúrbios e territórios de favela. Estas áreas são historicamente depreciadas por atos de empresas e a negligência do poder público.
Na cidade do Rio de Janeiro, a vereadora e atual secretária do Meio Ambiente, Tainá de Paula, trouxe o tema à tona em uma postagem em suas redes sociais. Ela aponta para a necessidade de os territórios de favela irem além de projetos de simples arborização e serem inseridos em planos de reflorestamento. Originalmente, a maior parte da cidade do Rio de Janeiro fazia parte da floresta.
Isso permitiria que a terra voltasse a receber árvores nativas de cada região. Serviria ainda como um ato de formação e conscientização para que os moradores se apropriem do seu espaço e dos benefícios ambientais que acompanham a preservação.
Ainda na região metropolitana do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade de Niterói tem investido nessa questão desde 2019, quando se tornou pioneira no estado ao desenvolver políticas públicas voltadas para a redução dos impactos das mudanças climáticas. Ela criou a primeira Secretaria do Clima do estado do Rio de Janeiro, que também atuará na promoção da sustentabilidade e da resiliência do município.
Em 2022, o prefeito Axel Grael deu início ao projeto social de Neutralização de Carbono em uma comunidade do bairro do Caramujo, zona norte da cidade.
O Caramujo é o bairro com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade e o projeto social visa favorecer os moradores com um apoio financeiro para quem atingir as metas, além de palestras e oficinas. Neste local, ocorreram inúmeros deslizamentos de terra no episódio conhecido como Tragédia do Bumba, que vitimou 19 pessoas no bairro e centenas em todo o município.
Alagamentos, deslizamentos de terra, baixa qualidade de vida, perda de bens móveis e imóveis, assim como muitas vidas arrasadas, são marcas de como o racismo ambiental é danoso e precisa ser combatido com políticas públicas, como as citadas neste artigo. É preciso que a sociedade como um todo se una para promover a conscientização e ações efetivas na luta contra essa realidade presente nas periferias do Brasil.
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