O vídeo que está circulando pelas redes foi gravado no dia 19 de fevereiro, mas só foi ao ar nessa segunda (25). O fato ocorreu dentro da agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Av. Sete de Setembro, em Salvador – BA. Crispim Terral, de 34 anos, é brutalmente atacado pelos seguranças na presença de sua filha de 15 anos.
Segundo relato, Crispim conta que tentou atendimento por mais de quase quatro horas e que foi tratado com indiferença pelo gerente de sua conta quando, por surpresa, procurou registrar o fato ao gerente geral da referida agência e foi atendido de maneira ríspida, chegando a ouvir falas como essa: “Se o senhor não se retirar da minha mesa, vou chamar uma guarnição”.
Confira o relato:
“Pela oitava vez, desta vez na companhia de minha filha menor, fui surpreendido mais uma vez pelo Sr. Mauro, gerente responsável pela minha conta naquele momento, que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa, Indignado com a situação, me dirigi à mesa do gerente geral, o Sr. João Paulo, que da mesma forma e ainda mais rispidamente me atendeu com mais indiferença. Quando pensei que não poderia piorar, foi surpreendido pelo senhor João Paulo com a seguinte fala: ‘se o senhor não se retirar da minha mesa, vou chamar uma guarnição’. E assim o fez. Chamou a guarnição e dois policiais me pediram, no primeiro momento de forma educada, para que pudéssemos nos dirigir juntamente com gerente até a delegacia para prestar esclarecimentos. Até aí tudo bem. O problema foi que ao descer ao térreo da agência, o gerente, o senhor João Paulo, falou que só iria à delegacia se os policiais me algemassem e que ele ‘não faz acordos com esse tipo de gente’. Eu tenho um vídeo desse momento terrível e absurdo, está disponível para vocês verem que, em pleno século 21, fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial.”
Em nota a Caixa alegou que não foi notificada sobre nenhuma irregularidade por má conduta de seus funcionários para com o público e repudia atitudes racistas ou de discriminação cometidas contra qualquer pessoa.
A PM informa que será instaurada uma sindicância para apurar as circunstancias da ação policial.
Nessa terça-feira (26) manifestantes foram até a agência para exigir que alguma providência seja tomada.