Encontro com mulheres cis e trans do Brasil e América Latina, aconteceu em meio ao quarto adiamento pelo STF do julgamento da Descriminalização da maconha

A Rede Nacional de Feministas Antiproibicionista (Renfa) promoveu o 3º Encontro Internacional Encruzilhada. O evento contou com a presença de mais de 100 mulheres cis, trans, travestis, homens trans e pessoas não binárias do Brasil, Colômbia, Equador, Uruguai e Guatemala. 

O encontro aconteceu no último dia 22, no Museu Cais do Sertão, em Recife, e teve como principal objetivo debater e propor alternativas sustentáveis para a agenda de Políticas de Drogas, com interseção de gênero e raça e os impactos nos grupos sociais e territórios afetados.

O evento aconteceu no dia em que o STF adiou pela quarta vez o julgamento do Recurso Extraordinário 635.659, que é de extrema importância para a luta antiproibicionista e impacta significativamente o sistema penitenciário e a guerra às drogas. 

O seminário internacional marca um momento de crescimento da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas como organização da sociedade civil com atuação nacional em favor dos direitos humanos, com foco nas famílias de mulheres que fazem uso de drogas, sobreviventes do sistema prisional, trabalhadoras sexuais e pessoas com trajetória de rua e moradia precária. 

O tema: ‘As Encruzilhadas do Feminismo Antiproibicionista’ é uma contribuição da RENFA para o projeto global de democracia e liberdade, o intuito é descriminalizar culturas, pessoas e comunidades.

A mesa de abertura contou com a presença das convidadas Dandara Rudsan (Pará-Brasil), Ingrid Farias (Pernambuco-Brasil), Áurea Carolina (Minas Gerais-Brasil), Alejandra Londoño (Colômbia) e Tania Ramirez (Uruguai).

Créditos: RENFA

 “O Encontro Encruzilhadas é uma oportunidade de refletirmos sobre como chegamos até aqui, fortalecermos vínculos entre as pessoas que compõem essa rede, trazermos pessoas que foram importantes em nossa trajetória e reafirmamos nossos compromissos com a defesa de uma vida melhor e a garantia de direitos”, diz Ingrid Farias, fundadora e uma das coordenadoras da Renfa, organização mais votada para compor o Conselho Nacional sobre Drogas (Conad).

Também esteve no evento, Luana Malheiro (Brasil) Jeovana Baby (Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros), Juliana Cacica Irê (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade), Tatiana Nascimento (poeta, compositora, cantora), Amanda Palha (ativista e especialista em estudos de gênero), Adelaide (poeta). O encontro também contou com a participação internacional de Amanda Hurtado (Colômbia), Angie Gutiérrez (Colômbia), Evelyn Paz (Equador), Jess Moralez (Guatemala) e Tânia Ramirez (Uruguay). 

 A RENFA é a primeira organização política feminista, antirracista, suprapartidária, antipunitivista e antiproibicionista do Brasil, instituída em 2014. Formada por mulheres usuárias de drogas, sobreviventes do sistema prisional, trabalhadoras sexuais, com trajetória de rua e moradia precária, funciona a partir da auto organização nos territórios para construir respostas coletivas para a garantia do direito à vida com saúde, justiça, educação, cultura e bem viver.

@ivancostast

@renfantiproibicionista

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