As eleições se aproximam cada vez mais, e esta última semana de campanha para o primeiro turno é fundamental para definir o futuro do Brasil. O dia 7 de outubro será o momento em que os brasileiros irão às urnas para definir quem assumirá os principais cargos da política do país. E com essa a proximidade da eleição, os debates entre a população estão ficando cada vez mais quentes e decisivos, até porque os embates entre os candidatos na televisão não são os únicos que importam. Na nossa sociedade democrática, é fundamental que a comunidade interaja e se influencie. Nesse cenário, não podemos ignorar um dos principais meios de comunicação da atualidade, que são as redes sociais. Essas ferramentas, como Facebook e Twitter, muito presentes nas nossas vidas, se tornaram espaços onde as pessoas se informam e emitem opiniões, numa vasta rede de interação. Mas assim como elas podem ser um local de discussões saudáveis e fácil
divulgação de eventos para encontros e debates, elas também têm se mostrado um local onde usuários de má índole disseminam ódio e discursos desrespeitosos, algo que assusta.
Sobre esse assunto, entrevistamos Márcio Gonçalves, professor de mídias digitais das faculdades Estácio de Sá e FACHA, e pesquisador da área de mídias digitais, que nos confirmou essas tendências. Segundo ele, as redes sociais promovem um novo modelo de arena discursiva e uma opinião pública interconectada, garantindo maior ativismo político na rede. Entretanto, ele também destaca as desavenças que se geram nesse espaço, e que podem até ser transferidas para vida real e destruir relações por discordâncias de ideias
na rede. Sabemos que nas ultimas eleições, como a de 2014, esses espaços e seus
usuários já estavam presentes, mas ainda em estado inicial.
Segundo Márcio, o que temos hoje é uma guerra de narrativas, que conta com textos e também conteúdo audiovisual, como os memes. Infelizmente, o eleitor que se informa assim adquire ideias sem reflexão e crítica. Mesmo assim, certamente vemos um cenário mais amadurecido e torcemos para que as redes sociais nos auxiliem a consolidar mais a democracia e melhorar o futuro do nosso país.