Mais de cem pessoas marcaram presença no Plenário da Câmara Municipal, hoje (quinta-feira), pleiteando seu direito à moradia digna.
O objetivo da audiência, convocada pelo vereador Reimont, era a formação de um grupo de trabalho com representantes do poder público e da sociedade civil, para tratar da regularização fundiária e urbanização de duas áreas ameaçadas na zona norte da cidade.
A Comunidade Gringolândia é um assentamento de cerca de 500 famílias que se estabeleceu no início da década de 2000 na Ficap (conjunto habitacional localizado entre a Pavuna e Jardim América). Por sua vez, a Ocupação Povo Sem Medo nasceu no final do ano passado, quando 75 famílias se juntaram para construir suas casas num galpão abandonado da região, contando com o auxílio da associação dos moradores e das Brigadas Populares.
“Se houver um despejo hoje, isso significa o massacre de um povo que trabalha e paga seus impostos, mas significa também, pela Prefeitura, aumentar o déficit habitacional que já não é pequeno. Essas pessoas já construíram suas casas. Cabe à Prefeitura regularizar e urbanizar”, explica Gabriel Siqueira, integrante das Brigadas Populares.
Apesar da distância e da chuva, moradores e militantes chegaram cedo na Cinelândia e ainda organizaram um café da manhã coletivo dentro da antessala dos Vereadores. “A casa é do povo, não é? Tem que ocupar mesmo!” ironizou uma moradora.