Ontem, por volta da meia noite, dessa madrugada, ali no pistão, próximo ao Flamenguinho, quem presenciou o acidente que o jovem Patrick, de uns 14 ou 15 anos, sofreu andando de bicicleta, sabe do que vou dizer aqui.
Chovia bastante e faltava luz na localidade, assustados com o acontecido, fomos pedir ajuda aos policiais da UPP, para que pudessem chamar um corpo de bombeiros, uma ambulância ou eles mesmos socorrerem o garoto.
Obtivemos uma resposta que a primeira vista nos deixa um tanto quanto de mãos atadas, pela continuidade dessa policia que se diz pacificadora e comunitária.
Ao avisarmos, os policias ligaram para os devidos fins e disseram que o telefone estava ocupado, tentaram apenas uma vez! E disseram pra gente que não poderiam fazer nada! E realmente não fizeram. Sequer saíram dos seus postos de “atendimento”.
Como de costume, a solidariedade de muitos de nós moradores, para com o garoto, foi o diferencial. Ligamos, arrumamos guarda chuvas, forramo-os com plástico para poder parar um pouco o frio que sentia, demos amparo, enfim …
Patrick, foi atropelado por uma moto e estava com uma especie de fratura exposta, não podíamos fazer muita coisa, a não ser esperar pelos bombeiros, que depois de 1 hora e 20 minutos chegaram debaixo de chuva para fazer o socorro.
Vocês devem estar se perguntando: – Onde estavam os policiais da UPP nessa hora?!-
Exatamente o que todos se perguntavam! Depois de muita insistência dos moradores locais, três policiais chegaram ao local e não sabiam o que fazer, só disseram que já haviam chamado o corpo dos bombeiros e que eles estavam com medo de subir. (Corpo de Bombeiros do Méier)
(Só frisar aqui, que foram os moradores nos quais estavam perto, que fizeram a ligação e confirmaram o socorro.) Se os policiais fizeram também, foi bem depois, da pressão que alguns moradores fizeram.
Foi impressionante, como o descaso foi exercido naquele momento. A impressão que deu, foi de que essa polícia que está no Jacarezinho, por enquanto não esta preparada para exercer ou propor o bem estar social dos moradores, ou ajudar simplesmente.
Precisamos ser respeitados e gostaria aqui de pedir ao Rumba Gabriel, presidente da associação que marque uma reunião com o comandante da UPP, integrantes dos direitos humanos do Rio de Janeiro, associações parceiras e moradores, para que possamos conversar sobre tais casos e possíveis soluções. Não podemos deixar, o pior acontecer.
Se, Patrick estivesse a beira da morte, certamente ele morreria.