Representatividade: dados revelam pouca presença de mulheres negras na comunicação

Em um cenário marcado pela diversidade racial, a representatividade da mulher negra na comunicação e no jornalismo emerge como um tema central, refletindo não apenas a busca por igualdade, mas também a necessidade de inspirar futuras gerações.

Segundo dados da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro 2021, embora as mulheres representem 58% das redações, sua presença em cargos de gestão é limitada. Este dado reflete a necessidade de ampliar a participação feminina, especialmente de mulheres negras, em posições estratégicas na mídia.

Nesse contexto, a jornalista e apresentadora baiana Luana Assiz ressalta a importância de superar essas barreiras, propondo uma abordagem focada na representatividade, especialmente em cargos de liderança.

“Estar em espaços de amplo alcance como a televisão aberta oferece a possibilidade de falar com muita gente. Isso sempre foi dado para pessoas brancas, com condições econômicas favoráveis. É recente a presença negra e periférica nesses espaços e isso traz novos olhares sobre as histórias que são contadas”, pontua Luana.

Sobre o papel da representatividade na promoção da diversidade e na inspiração de jovens garotas, Luana Assiz lembra de Maju Coutinho, Zileide Silva, Rita Batista e da eterna Glória Maria, ícone do jornalismo brasileiro.

Ter essas mulheres dentro do jornalismo em diferentes programas, possibilita comunicação com diferentes públicos e não apenas representa a superação de obstáculos, mas também inspira jovens mulheres negras a perseguirem seus sonhos e impactarem positivamente a representatividade na mídia.

De acordo com a pesquisa Potências (in)visíveis: a realidade da mulher negra no mercado de trabalho, a mulher negra representa 28% da população brasileira, no entanto, enfrenta as piores condições. Barreiras como formação, diversidade, conexão e medo de errar tornam-se desafios significativos para o avanço.

Já na pesquisa Panorama Mulheres 2023, apenas 17% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, levando a uma reflexão sobre os desafios enfrentados, especialmente pelas mulheres negras

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