A XIX Bienal do Livro – 2019, no Rio, apresentou uma mesa composta apenas por artistas negros, Giovanna Xavier, Crica Monteiro, Jennifer Dias e Renato cafuzo, mediada por Ana Paula Lisboa. A mesa debateu “Afrofuturo”, como construir um futuro onde se tenha representatividade negra e como é para cada um lidar com perspectivas de futuro sendo artistas negros. Para Giovanna Xavier, estar lá, tem haver com projetar o futuro, pois o grande planejamento pro negro vem sido estar vivo, foram feitos historicamente para não sonhar.
Créditos: Dhiego Monteiro
Também foi discutido o movimento artístico chamado afrofuturismo, que diferente do futurismo branco, criado aos moldes europeus, retorna a sua ancestralidade para construir um futuro. A população negra não tem direito a um passado tão distante, pois foi apagado, então esse resgate é fundamental. Se tem a responsabilidade de continuar o que os ancestrais planejaram. Os artistas mostraram a importância da representatividade negra: Jennifer Dias comentou sobre como foi fazer malhação e sobre o seu coletivo de resistência cultural, projeto 111; Crica falou das suas personagens negras no graffit, que ajudam na autoestima de mulheres negras que as veem; e Renato sobre o processo de aprendizagem de desenhar personagens negros, como um segundo aprendizado, autônomo, pois as escolas de arte não ensinam.