Resistiremos

Créditos - Léo Diniz

Um governo de extrema direita estará sob o comando do país a partir de 1° de janeiro de 2019.  Jair Messias Bolsonaro, nunca escondeu de ninguém seu discurso de ódio. E é esse sentimento que tem tomado conta do país. O maior problema, por incrível que pareça, não é o plano de governo excludente e, de certa forma, vazio, que o eleito carrega. O pior da história toda é que, para muitos eleitores do 17, o ódio não está só no discurso, mas na prática. Só na internet, foram 4 milhões de denúncias relacionadas a crimes desse mesmo ódio. Fora isso, você já deve conhecer as histórias das pessoas que sofreram agressão física ou que até morreram porque pensavam diferente dos agressores. A censura também já começou, quando a Universidade Federal Fluminense e outras faculdades públicas tiveram dizeres antifascistas arrancados de suas instalações. Na UFF, professores chegaram a ser interrogados. Mas então, em meio a tanta coisa ruim, o que fazer? Todo mundo fala em resistência, mas será que resistir é só andar com bottons e adesivos contrários a Bolsonaro ou andar por aí de roupa vermelha? Não. Resistir é muita coisa e, pra te ajudar, vou contar duas coisas que considero essenciais para que possamos permanecer:
Seja quem você é
Você é mulher, negra(o), LGBT, pobre, favelada(o) ou qualquer outro grupo que Bolsonaro critica? Ótimo. Resista. Ande de mãos dadas com quem você ama, tenha orgulho de dizer onde mora, use cabelo armado, vista-se com a cor que der vontade e continue vivendo como sempre viveu. Não podemos nos condicionar ao medo que as pessoas impõem sobre nós. E se alguém vier questioná-la(o), diga que essa pessoa é você e que e que o artigo 3 dos Direitos Humanos te diz que Cada um tem o direito de viver livre e em segurança. Caso se sinta ameaçada(o), chame a polícia, grave vídeos do que está acontecendo e grite.
Converse
Quando alguém vier te xingar, dizer palavras de ódio ou agir com violência, respire fundo. Ok, eu sei que nem sempre a gente consegue, mas vamos tentar. Respira fundo, dá uma volta. Se nós somos contra a violência, não podemos reproduzir NENHUM comportamento agressivo. Converse com quem foi violento e explique do que se trata a nossa luta. Muita gente virou voto falando com jeitinho. Agora não adianta virar voto, mas podemos construir uma sociedade mais humana!
É claro que não vamos fazer coisas que coloquem nossa integridade em risco (se bem que hoje em dia está difícil saber o que pode colocar a gente em risco ou não) mas temos que continuar lutando. Como cantaram Cássia Eller e Renato Russo, “a vida continua e se entregar é uma bobagem.”