– No começo, todos achavam que era um projeto delirante, mas aos poucos ele foi tomando forma, com a contribuição de todos os segmentos da cultura funk – explica Mateus Aragão, produtor da Eu Amo Baile Funk e um dos idealizadores da parada. – A ideia é transformar essa data num dia de afirmação do funk, uma espécie de dia da consciência funk.
Em vez de usar trios elétricos – como na Rio Parade, de música eletrônica, que aconteceu no mesmo local em 2003 -, o projeto prevê a instalação de nove palcos ao longo da Rio Branco, “pontos” onde se apresentarão, das 10h às 22h, as equipes de som, com seus DJs e MCs. Ou seja, quem vai desfilar será o público.
– Acreditamos que esse formato seja mais seguro do que ter uma multidão atrás de trios elétricos – diz Aragão. – Cada palco vai ter uma equipe de som, representando uma época dos bailes. Vai ter soul, funk melody, funk clássico e até os sons mais modernos, do novo funk, representado pelo pessoal do Apavoramento Sound System, por exemplo. Pretendemos chamar também amigos do funk, como Fernanda Abreu e Gabriel O Pensador. Além disso, esses pontos vão ter estandes de campanhas sociais, incluindo temas como o combate ao crack e o sexo seguro.
Fonte: O Globo