A Agência de Notícias das Favelas conversou com Pipa Vieira, que vai fazer parte do Rock in Rio 2019.
Cria do morro do Turano, Pipa conta que a sensação de fazer parte do maior espetáculo musical do mundo é a de realizar um sonho e poder representar não só a nova geração do samba, mas também toda a comunidade negra. “A responsabilidade é grande quando a gente fala de samba, por toda a história que o samba perpassa”, diz o músico. Ele conta que saber o que é o samba, de onde ele vem e o que ele é torna a participação no Rock in Rio uma responsabilidade muito grande, especialmente por representar também a comunidade do morro do Turano, onde cresceu.
Quando perguntado sobre a mensagem que buscará transmitir num evento com a magnitude do Rock in Rio, ele responde:
“Sempre procuro levar a mensagem de igualdade, superação e bastante alegria. Sinto que o povo tem se conscientizado bem mais do seu empoderamento e da responsabilidade na mudança no nosso cotidiano carioca e brasileiro hoje e viso ser enfático nesse tema, somando com a ideologia do meu coletivo.”
Ele e a roda de samba Festa da Raça vão levar o samba contemporâneo para um dos maiores festivais musicais do mundo. Perguntamos a ele qual a representatividade de levar o samba para o Palco Favela e ele responde:
“O samba se encontra em várias categorias e ramificações. Se encontra em gerações e a grande importância é que ele se apresente sempre em sua grande maioria. Seja dolente, samba duro, samba de breque, samba rap ou partido. Na minha opinião o samba deve sempre se apresentar completo pra musical e poeticamente tocar várias emoções!”
No Rock in Rio 2019 vai dar samba!