Favelas, Cidades e Universidades foi o tema do último dia de debates promovidos pela Casa da Favela, na Flip. A programação continua nesta tarde.
O mediador Alexandre Santini abriu a mesa com sua autodescrição, algo importante, porém nem sempre lembrado. Ele ressaltou que a universidade é “um espaço de poder sendo ocupado cada vez mais por outras centralidades.”
Diante de um auditório com cerca de 50 pessoas sentadas, e algumas em pé, André Fernandes, fundador e diretor da Agência de Notícias das Favelas (ANF), que vem provendo a Casa da Favela, lembrou da falta de energia elétrica na Flip, tal qual nas favelas.
“Eu sonhei com a Casa da Favela”, lembrou, ressaltando que a “a favela tem lugar Flip, e vai estar em todas as casas, festas e feiras literárias do país.” Ele também lembrou que a edição especial do jornal A Voz da Favela é o maior impresso circulando na Flip, com 20 mil exemplares.
Em seguida, Luana Bonone, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, reforçou que há “ciência em toda parte, e fortalecer uma cultura científica é fortalecer a diversidade.”
Ivana Bentes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também começou abordando o tema da diversidade, e resumiu: “Universidade carrega a palavra cidade. Não tem quer seu uni, tem que ser pluriversidade.”
Apesar do momento positivo das universidades, com a presença de favelados e negros, Ivana ressalta que ainda há muitos muros a serem quebrados, quando, então, poderá acontecer o verdadeiro fluxo entre os conhecimentos da academia e do povão maravilhoso deste país.
Para compreender a importância do debate sobre extensão universitária, o princípio de toda universidade é o ensino, pesquisa e a extensão – ela é responsável por levar à sociedade conhecimentos produzidos na academia, e, nos melhores casos, trazer para a academia os saberes das comunidades. Daí a necessidade de se investir nas extensões.
“O processo de popularização é o de enegrecimento da universidade pública questionou sua função social”, começou a deputada fluminenses Dani Balbi, na última fala da mesa. Ela lembrou que a extensão universitária sempre foi uma “trincheira dos resistentes”, e por isso, “não pode ser uma ilha, precisa de investimento.”
Confira o que rola ainda hoje na Casa da Favela:
15h – Periferia global: dos territórios à cultura digital
Talles Lopes, Mídia Ninja
Marcelle Chagas, Rede JP – Jornalistas Pretos
André Fernandes (ANF)
MEDIAÇÃO: Ivana Bentes (UFRJ)
16h – Experiências inspiradoras: extensão e inovação
UFRJ Mar
Manuela Giacomo, Raízes e Frutos: comunidades
caiçaras da Península da Juatinga, em Paraty
Laboratório de Inovação Cidadã da UFRJ
Andreia Adour, Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
MEDIAÇÃO: Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
18h – Ritmos de Favela
DJ Grandmaster Raphael, Pipa Vieira e Robertinho Silva
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