Sala de aula: valorização da escola e dos profissionais de educação

Valorizar o profissional de educação é oferecer melhores condições de trabalho- Crédito: Amanda Perobelli/Reuters

Passado o dia de felicitar os professores, de toda comoção pela data festiva e do clichê “Feliz dia do professor”. Fica a pergunta: o que temos pra comemorar sobre a educação?

As realidades são bem distintas, nas aulas remotas alunos que não ligam a câmera e nem o microfone por que não são obrigados, pais exigem a nota que eles acham que o filho deveria ter tirado, a aluna que faz prova em grupo para mostrar seu “conhecimento”, na escola privada, a direção não dá satisfação e nem honra com os pagamentos, a coordenação que pede para que na correção você não seja tão exigente, o político que diz que a pedagogia é a escolha dos menos inteligentes.

Quer valorizar quem está na linha de frente pela educação? Coloque numa caixinha de presente um mix de dedicação, respeito, valorização, salário digno e compreensão com um momento em que todos tiveram que se reinventar. Dizem que no Japão, professores e professoras são profissionais quase santificados, será que da pra trazer um pouco disso para o nosso lado?

É sabido que todo médico, jornalista, esportista ou advogado tiveram um docente dizendo-o sobre o certo e o errado, talvez não seja o melhor discurso, mas olhando para o nosso mundo, vale a lembrança de que é na educação onde moram as maiores esperanças.

Crer que todo dia é dia do professor, da professora é algo que não pode se perder nas palavras ditas e não cumpridas. Não dá pra acreditar em um governo fascista e achar que as congratulações são bem-vindas. Dia 15, 16, 17, 18, 19… de outubro, novembro, dezembro, janeiro.

A educação é um direito e nela está centrada a figura de quem precisa de respeito para fazer dela um cenário palpável a todos e todas. Lembrem-se de que educação não é só profissão, é missão. Esse lema parece pesado, pois está nas costas do profissional que aparece na lista dos mais desmotivados. É necessário fazer a sociedade lembrar de que ser professora ou professor é algo sagrado.

Portanto, aliado as palavras com a vontade de saber que tudo um dia muda. Fica os parabéns, aos profissionais de educação, que eles sigam na luta e se a peteca cair, não há problema, sentar e respirar é necessário. Há um lema que diz que educação é feita de amor, mas, na verdade, toda profissão é feita de amor, ou nenhum profissional iria querer estar nela.

Educação é feita, também, de leitura, conhecimento, prática e estratégia, para que seja possível sempre conseguir novos aparatos e, no final, se ganhar essa guerra. Mesmo que todo cenário pareça um tanto pessimista, sem muitos motivos para sorrir. Porém, o lado positivo é que, diferente desse texto, é perceptível  que o orgulho de ser professora/professor é algo que não tem fim.

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Anderson Shon
Graduado em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Faculdade da Cidade do Salvador, Anderson Shon, atualmente, é professor do Centro de Educação Ávila Góis, professor - Canto de Estudo, professor do Instituto Bom Aluno da Bahia e professor - Educandário Helita Vieira. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Anderson Mariano é escritor e professor. Lançou o livro Um Poeta Crônico no final de 2013 e, desde lá, já apareceu em coletâneas de poesia e de contos. Já ministrou oficinas em diversas feiras literárias da Bahia e é figura certa nos saraus de Salvador. É apaixonado por literatura e produz contos para abastecer o andersonshon.com. Em 2019, lançou o Outro Poeta Crônico, continuando sua jornada no mundo da literatura. Além de escritor, Anderson Shon é professor de redação e escrita criativa, sendo o professor com maior número de alunos premiados no Concurso de Escritores Escolares e, em 2018, lançou um livros de contos e poesias com os alunos do colégio estadual Conselheiro Vicente Pacheco do bairro de Dom Avelar. Anderson entende que ser professor não é uma profissão, é uma missão e que os livros são os melhores amigos que um estudante pode ter.