Nesta sexta-feira, 4, moradores do Km 17, Bairro da Paz, Vila dos Ex-Combatentes, Tokaya e Nova Conquista de Itapuã, fizeram uma manifestação, na região de Itapuã, em Salvador, contra a ordem de desapropriação das residências devido a obra de macrodrenagem realizada pela Companhia Baiana de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), e por não não concordar com o valor oferecido pelo Estado.
Para a promotora do Ministério Público, Hortênsia Pinho, a CONDER sabia da necessidade de desapropriar o local desde 2016. Mas somente agora exige celeridade para desapropriação dos imóveis para a realização das obras.
“Não concordamos com os valores, com a metodologia aplicada. Em plena pandemia vemos uma incoerência do governo do estado. Os órgãos de saúde pedem que as famílias fiquem em casa e proporcionam essas desapropriações, sem direcionar onde as famílias irão morar”, comenta Gonçalo Simões, líder comunitário.
Aproximadamente 650 residências foram desapropriadas, sendo mais da metade casas populares. Os valores de indenização e a maneira de desapropriação foram discutidos em conjunto com o Ministério Público (MP-BA), porém, de acordo com os moradores, a Companhia Baiana de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), não aceitou os valores acordados.
De acordo com a Companhia Baiana de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), é levado em consideração o padrão da construção e estado de conservação do imóvel. E estabeleceu o valor mínimo social de R$ 23 mil, o que considera uma indenização justa.
Segundo os moradores, as demolições já começaram e o Ministério Público já foi acionado.
“É uma contradição grande você compelir a família a sair da casa em 30 dias, quando estiveram [a Conder] desde 2016 sabiam da necessidade. Passaram esses 4 anos ausentes e querem que a população saia às pressas pagando uma indenização que não é justa”, explica Hortênsia Pinho.
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