“Existe um “muro da exclusão” entre a comunidades e as vias. Apesar do metrô passar ao lado das comunidades: União Paraíso, Iolanda Pires e Conjunto Habitacional de São Cristóvão (Planeta dos Macacos), que fazem parte do bairro São Cristovão, em Salvador, o muro impede que moradores acessem o serviço de transporte”, relata moradora da região há mais de 30 anos.
Não existe ponto de ônibus para os moradores das regiões citadas, nem estação de metrô na região de São Cristóvão. Nunca houve linha de ônibus passando pela via que beneficiasse os moradores.
As localidades estão isoladas e excluídas. Integrantes do Conselho de Moradores da região, participou de reunião e audiência pública, com Secretaria de Desenvolvimento Urbano- SEDUR e Promotoria de Segurança Pública, mas o problema já dura anos.
Sempre existiu uma barreira entre as comunidades e a avenida, que fica próxima do aeroporto, por conta da área de preservação ambiental (da Infraero), mas, quando a Avenida Caribé foi construída, essa área de preservação foi remarcada e limitação ficou maior.
“Após a remarcação o muro foi refeito. Nos isolando da avenida Nova. Não nos dando acesso à mesma. Eu moro aqui há 33 anos. O muro sempre existiu. porque separava a área residência da mata atlântica”.
A Avenida Caribé foi construída, por onde deveria passar transporte público (ônibus , vans…), para atender às três comunidades que ficam nas margens da mesma avenida, mas, ao invés disso, eles refizeram o muro (reformaram).
Quando o metrô veio, vivenciamos os transtornos causados pela construção do mesmo (explosões à noite, tremores dos imóveis…)
Mas continuamos excluídos, São Cristóvão não tem estação de metrô. O muro permanece e nós continuamos vivendo cercados pelas vias públicas, mas sem acessá-las ou usufruir de sua função.
Os moradores das três comunidades precisam andar cerca de 30 minutos até o ponto de ônibus mais próximo para usar do transporte público.
Nas reuniões sobre a implantação da Estação São Cristóvão, foram apresentadas propostas sobre a viabilidade da implantação na direção do campo de futebol que existe na área, inclusive com a implantação de uma via de ligação por baixo para acesso direto ao aeroporto por conta da necessidade dos trabalhadores que vão para o trabalho de bicicleta, no entanto tudo ficou apenas na conversa.
Segundo moradores, não houve diálogo com a CCR Metrô, pois o assunto não era da competência da operadora e sim da gestora, o Estado.
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