Salvador: PM surta, provoca pânico, é atingido por outros policiais e morre no hospital

O PM foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local- Crédito: Alberto Maraux/SSP

O soldado Wesley Soares Goés, 27, morreu no final da noite deste domingo (28), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, para onde foi encaminhado depois de ter sido atingido após troca tiros com outros policiais.

Wesley teve um momento de surto psicótico, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ele causou pânico para algumas pessoas que estavam no Farol da Barra, ponto turístico da capital baiana, ao jogar o carro particular na área reservada para pedestres.

Depois começou a gritar, efetuou disparos aleatórios, danificou uma viatura e objetos de pessoas que abandonaram a região. O soldado alternava momentos de lucidez com acessos de raiva.

Além dos tiros de fuzil, o soldado arremessou grades, isopores e bicicletas, no mar. Ainda não se sabe o motivo que levou Wesley a cometer a ação. Por volta das 15h, outros policiais militares e agentes do Bope chegaram no local e tentaram convencer o PM a parar com os disparos e entregar as armas, mas sem sucesso.

Troca de tiros

Aproximadamente às 18h35, Wesley disse que havia chegado o momento, fez uma contagem regressiva e iniciou os disparos contra as equipes do Bope, que revidou.

Após pelo menos 10 tiros, o soldado foi rendido e socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

Após o PM ser baleado, jornalistas foram alvos de tiros de borracha após tentativas dos policiais de afastarem os profissionais da imprensa do local.

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia- Sinjorba comenta que “condena veementemente o comportamento dos policiais envolvidos neste lamentável episódio. Não havia qualquer necessidade de agir daquela maneira pois os jornalistas estavam trabalhando e não representavam qualquer ameaça aos PMs ou à operação”.

O policial Wesley Soares Goés era noivo e trabalhava na 72ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), havia pelo menos quatro anos, em Itacaré, no sul do estado.

Gostou da matéria?

Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.

Basta clica no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas