Em meio a um ano de tantos desafios devido a crise pandêmica mundial do novo coronavírus, a ANF- Agência de Notícias das Favelas, celebra dois anos no território baiano.
Situada no Bairro da Paz, periferia da capital baiana, a ANF segue driblando dificuldades financeiras para manter a sede em funcionamento em prol da democratização da informação e a valorização da comunicação comunitária.
Há exatamente um ano, a sede da ANF- Agência de Notícias das Favelas, celebrava seu primeiro aniversário.
Nessa celebração, com a presença de colaboradores, parceiros, equipe técnica, o fundador e diretor da ANF André Fernandes discursava referente as conquistas do ano anterior e projetava ações para fortalecer a instituição na região nordeste durante o ano de 2020 e para os próximos anos com a expansão da organização em todo país e no exterior.
Porém, dias depois deste ato, foi decretada a pandemia da Covid-19, e desde março de 2020, as reuniões presenciais, os encontros, ações, assim como qualquer atividade que gere aglomeração estão suspensas, o que acarretou consequentemente na interrupção temporária da produção do jornal impresso A Voz da Favela.
Respeitando as orientações das autoridades de saúde internacional e as medidas restritivas adotadas pelo gestores estaduais e municipais, a equipe local e os colaboradores estão mantendo o contato apenas via internet.
Sede ANF, base de apoio para os colaboradores
Apesar do período difícil que o país vem atravessando desde março de 2020, e que ainda encontrar-se diante de um cenário nada animador, a ANF se mantem resistente e resiliente, e a sede na capital baiana segue como uma base de apoio e referência.
Atualmente a equipe baiana tem uma secretaria executiva (Rose Vitório), secretaria institucional (Juliana Carvalho), um secretario administrativo (Valdinei Santos) e um editor (Paulo de Almeida Filho).
Essas são as pessoas que zelam pelo patrimônio da ANF em Salvador.
Regularmente algumas visitas têm acontecido, propostas de parceria aparecem, mesmo que as negociações ainda não estejam concretizadas, por conta da pandemia.
Além disso, algumas pessoas se hospedaram na sede (o local é um escritório com formato de casa para acolher os colaborares e parceiros, que contribuem simbólica e financeiramente para a manutenção do espaço).
As visitas na sede, neste mês de março, foram da profissional de educação física e marketing Maíra Cidade e da antropóloga e consultora em projetos sociais Vivi Potiguara, elas fizeram uma imersão no Bairro da Paz, a sede foi a base para a estadia delas.
Maíra Cidade, é gaucha mas vive no Rio de Janeiro há quase uma década, na favela do Vidigal, ela conta como foi a imersão no Bairro da Paz, em Salvador. Maíra é participante do curso Circuito ANF Abre Caminho para a Cultura.
Vivi Potiguara, carioca, moradora da favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, gravou um depoimento sobre sua segunda passagem por Salvador e a hospedagem na sede. Vivi atualmente faz parte da equipe do Instituto Data ANF que está fazendo uma pesquisa com artistas e produtores culturais das favelas do Rio de Janeiro, sobre o impacto da pandemia.
Confira o depoimento de Vivi Potiguara sobre sua segunda vinda a sede da ANF.
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