Salvador, lidera entre às capitais com maior índice de homicídios do país, com (66,4), seguida por Macapá (55,8) e Manaus (55,7). Segundo relatório da violência divulgado no último dia 18, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. De acordo com documento, o nordeste é uma das regiões mais violentas do país e a Bahia está entre os estados brasileiro com maiores taxas de homicídios.
O Atlas da Violência é publicado anualmente pelo IPEA, atualizando os dados de violência no Brasil. O trabalho é feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O objetivo da pesquisa é retratar a violência no Brasil, os dados coletados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, onde as informações sobre homicídios são analisadas na perspectiva de gênero, raça e faixa etária.
Os números também apontam que São Paulo (15,4), apesar dos altos índices de homicídio, possui percentual menor, isso porque, a pesquisa toma como base de cálculos as taxas de homicídios a cada 100 mil habitantes.
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Entre os anos de 2019 e 2022, o Atlas da Violência apontou queda nas taxas de homicídio do país, exceto com relação a região nordeste, no mesmo período, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, registrou aumento nas taxas de homicídio da capital baiana. Segundo a SSP/BA somente em 2022, foram registrados 1.158 homicídios.
Os índices de violência reforçam outras questões que envolvem o estado. Segundo, a publicação “Pele Alvo – A bala não erra o negro”, apresentada em Novembro de 2023, pelo Centro de Estudos de Segurança Cidadania – CESEC em parceria com a Rede de Observatórios da Segurança, o relatório aponta 438 homicídios decorrente de intervenção do estado, praticamente metade dos números de homicídios registrados pela instituição.
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Ambos os relatórios, em suas considerações, reafirmam as causas de tamanha violência no Brasil, em Salvador (Ba) e nas demais capitais, a política de proibicionismo e a guerra às drogas são os principais fatores. O Atlas da Violência também define a política brasileira como ineficaz, não apenas em termos de gastos e de vidas perdidas, mas, por ser um elemento que potencializa a violência e esgarça as condições de segurança pública, via encarceramento em massa que propicia o nascimento e fortalecimento de facções criminosas.
Mesmo obtendo resultados, alguns programas de segurança pública estaduais de redução das taxas de homicídio, precisam ser repensados; a estrutura do sistema penitenciário, embrião de organizações criminosas, as leis que facilitam a distinção entre usuários e traficantes, além da falta de controle por parte do Estado.
Apesar da complexidade do tema, as discussões levantadas no relatório, servem como parâmetro para a atuação de agentes políticos e gestores de segurança pública no Brasil, em Salvador, e em todos os municípios do estado, podem inclusive servir como base para novas políticas e formas de contornar a violência no país.
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