Salvai-nos, São Corona!

Bolsonaro e o ministro da saúde, que Mandetta cada dia menos - Reprodução Rede Globo

Gente, por favor, chega de Jair Bolsonaro, “talkey”? É duro de acreditar que um país do tamanho e da importância do Brasil esteja nas mãos de um sujeito que diz que livros são “um montão de um amontoado de palavras escritas”, que velho tem mais é que morrer e outras barbaridades. Mas está.

Chega! O cara está no ponto de cair fora. Como parece que não vai sair, melhor será cuidarmos de desobedecê-lo e nos trancarmos em casa, ajudando se possível com doações a grupos de ajuda ao próximo criados na internet. Aqui mesmo na agência demos 100 cestas básicas, em colaboração com a Ação da Cidadania, e estamos numa vaquinha para distribuir dinheiro a quem mais necessita.

Na reunião de sábado pela manhã com diversos ministros, Bolsonaro foi forçado a aceitar a realidade: não dá pra sustentar o palavrório seu e dos filhotes sobre a pandemia. É muita cegueira não entender o cenário mundial, e mais ainda não saber o papel de um presidente da república, um chefe de estado, num cenário tão delicado.

Bolsonaro não faz a menor ideia do que significa ocupar a cadeira onde se senta todo dia. É um fanfarrão que brinca com tudo e distribui ofensas a torto e a direito. Acha graça nas piadas idiotas que cria diariamente na saída de casa ao trabalho (que nunca faz). Um “clown” se sairia melhor no seu lugar. Isso é parte do problema também: temos um presidente fake, um idiota.

Feito o diagnóstico, resta saber como tirar ele de lá. Parece relativamente fácil, mas ninguém está disposto, pelo menos por enquanto. Espero que com o agravamento irremediável da pandemia, as “forças ocultas” sintam-se compelidas a tomar uma atitude.

Qual seria? Bem, a mais rápida é chamá-lo no canto da sala onde Carluxo convenceu Mandetta a mudar o discurso e dizer com todas as letras e ênfases que ele tem de renunciar. Não pode ser opção, é fato amadurecido e decidido pelo alto comando do país, incluindo militares, políticos, empresários, “com o Supremo, com tudo” – estão lembrados? A compensação será a anistia ampla, geral e irrestrita ao Flavinho, extensiva aos irmãos e quem mais estiver sujo.

Foi assim que tiraram Boris Yeltsin do poder na Rússia, segundo li em algum lugar na selva internética, mas não estou certo se é boa referência para o nosso caso. Pelo sim, pelo não, Yeltsin sumiu para sempre, o que seria o mundo ideal para os Bolsonaro.

Por ora, a qualquer argumentação contrária, ele e seus bichos escrotos alardeiam a votação que recebeu em 2018. Agora mesmo, quando o diretor geral da OMS reiterou a necessidade de isolamento social, Eduardo, o imbecil 02, perguntou “Quantos votos ele teve?”

Me deu vontade de checar os votos o etíope teve e somar todos os votos que ganharam os presidentes dos países que o elegeram, só pra ver a reação do babaca. Diria, creio eu, “assim não vale, eu perguntei quantos votos ele teve pra comparar com papai”. É neste pântano que estamos metidos até o pescoço, infelizmente.

Espero, sinceramente, que Bolsonaro caia de cama por uma “gripezinha”, um “resfriadinho” ou mesmo um espirro mais forte. Não é questão de desejar o mal de ninguém, aviso logo; ao contrário: é desejar o bem da coletividade, o melhor para o país inteiro, é questão de saúde pública nacional.