Casarão da Várzea. Imagem: Divulgação Salve o Casarão da Várzea
Casarão da Várzea. Imagem: Divulgação Salve o Casarão da Várzea

À espera de uma revitalização, construção do século 20 está abandonada.

Casarão da Várzea. Imagem: Antôno W Fernandes da Silva
Casarão da Várzea. Crédito: Antôno W Fernandes da Silva

Datado de 1905, o Casarão da Várzea é um prédio de grande importância para o patrimônio histórico e material do Recife. Localizado nos arredores da Praça Pinto Damásio, no bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade, o imóvel encontra-se em condições de abandono. Um cenário demonstra o descaso dos órgãos públicos com um chalé centenário cujas ruínas testificam a grandeza do que já foi erguido ali.

De estilo eclético, o casarão possui características arquitetônicas de influência inglesa e foi construído para fins residenciais, sendo está a sua destinação até 1944. Após esse período, passou a funcionar como sede do Hospital Magitot, uma unidade de saúde odontológica, que encerrou suas atividades no local na década de 1960. O imóvel sofreu uma série de acontecimentos, como incêndio e desapropriação, o que contribuiu, gradativamente, para o processo de descaracterização e abandono.

A falta de atenção pública é compensada pelo apoio dos moradores e a comunidade artística local, que vêm atuando no sentido de cuidar e preservar o casarão. Por meio de ações de ocupação do espaço com eventos culturais e mutirões de limpeza, promovidos pelo Movimento Salve o Casarão da Várzea, eles cobram a revitalização do prédio por entender sua relevância e o consequente potencial de uso para o bairro. Proprietária do terreno, a Prefeitura do Recife deveria ser responsável pela manutenção do espaço. Entretanto, o Casarão segue em ruínas e sem previsão de um projeto de revitalização, mesmo após a construção ser classificada como um Imóvel Especial de Preservação (IEP) pela legislação local.

Reportagem publicada no jornal A Voz da Favela de Recife de fevereiro de 2020.