“Samba corre gira, gira pra Xangô”

Créditos: Caio Ferraz

O Acadêmicos do Salgueiro fez homenagem ao patrono espiritual da escola, o orixá Xangô, senhor da justiça, dos raios, do trovão e do fogo. Viril e aguerrido, é implacável com malfeitores, ladrões e mentirosos. É símbolo da imparcialidade, defende o respeito e a igualdade.

Segundo a escola, se os olhos da justiça estão fechados, os de Xangô estão sempre abertos, para levar redenção aos injustiçados. Pretendeu-se fazer justiça, alegria e mostrar para todos a força da fé, desse padroeiro que representa os três poderes, e maior do que a lei dos homens, vem para mostrar quem merece e não merece sua pena.

O desfile foi assinado pelo carnavalesco Alex de Souza, que está na escola desde o ano passado, quando conseguiu um bom 3º lugar. E a escola não se restringiu a apresentar apenas os aspectos religiosos ou mitológicos de Xangô, e deu um show.

Depois de 9 anos fora da escola, Quinho retornou ao Salgueiro para cantar o samba da vermelho e branco do Andaraí ao lado de Emerson Dias. A bateria “Furiosa” viu estrear como mestres os irmãos Guilherme e Gustavo. Eles entraram no lugar do mestre Marcão, que saiu após 14 anos na escola. E a rainha de bateria Viviane Araújo, a cara da Salgueiro desde 2008, deu um show mais uma vez. Outros famosos passaram pela avenida com a escola, como Aílton Graça e Ronaldinho Gaúcho.

Mesmo tendo muitos problemas anteriores em relação à sua diretoria, a escola do morro do Salgueiro, na Tijuca, veio forte e podemos dizer que está entre as favoritas. Lembrando que ela é uma das maiores agremiações do Carnaval carioca, juntamente com o Império Serrano a quarta maior vencedora do grupo especial. A chamada “Academia do samba” ostenta 9 títulos na sua sala de troféus, o último conquistado em 2009. E a escola completará 66 anos, na quarta-feira (5).

Na avenida, foram 30 alas e 5 carros alegóricos, e o tempo do desfile cravou nos 75 minutos.