Nesta época, ruas, avenidas becos e praças de Salvador desfilam agremiações de sambas juninos, porém, esse ano em decorrência de medidas para contenção da pandemia do coronavírus foi proibida à realização de eventos públicos, objetivando a não formação de aglomeração de pessoas.
Desde 2018, o decreto nº 29.489 reconhece samba junino como “Patrimônio Cultural de Salvador”.
Segundo a Fundação Gregório de Mattos, samba junino “serviu como base para o surgimento de estilos musicais contemporâneos como pagode baiano, projetando muitos artistas conhecidos do grande público como Tatau, Reinaldo, Ninha e Márcio Victor.
Hoje, existem muitos grupos que representam o Samba Junino espalhados na cidade. Os bairros tradicionais, que realizam os festejos são: Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho da Federação, Federação, Fazenda Garcia, Tororó e Nordeste de Amaralina”.
Neste contexto, “o primeiro grupo junino da Região do Nordeste de Amaralina foi o Samba Boqueirão, criado em 1968 por Beto Boqueirão, e que ainda hoje é ativo [desfila no carnaval local]”, diz a Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte – Programa Viva Nordeste.
Assim, muitos compositores oriundos de samba junino da região têm contribuído pelo seu fortalecimento, disseminação e preservação, por exemplo, “George Silva Almeida e Guill, do Samba Charme, autores da composição `Vem Meu Amor’, primeiro lugar no Festival de Música e Artes Olodum, e gravada posteriormente por Ivete Sangalo e cantada por Caetano Veloso, no `Trio dos Artistas, carnaval de 2007.
Outros compositores como Cinho e Sérgio, do Unidos do Capim, autores de `Revoluções´, e Joccylee, autor da música `Abre a Roda Morena´, também tiveram suas canções imortalizadas nas vozes de Daniela Mercury e Sarajane, respectivamente”, afirma a Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte.
Tote Gira, do Samba Elite, compôs a música “Canto da Cidade”, em parceria com Daniela Mercury. No caso de Joel Nascimento, compositor e vencedor do prêmio “Pássaro Preto” promovido pelo Ylê Aiyê. Sandoval Melodia, autor de dezenas de músicas entre elas, destacam-se: “Mel Mulher” e “Deusa do Amor”.
Trajetória de mais um músico da região, “Bira Lima começou no Samba Pé, pagode junino do bairro Nordeste de Amaralina em 1988, depois passou a ser diretor musical no `Encanto Junino´ e a partir daí ingressou na banda Impacto Sonoro, Cuecão de Couro, Forrozão do Zito, banda Djimbê, `Amendoim Cozido´ entre outras. Como compositor gravou com Pimenta Nativa, Patrulha do Samba, Xexéu, `Talabá de Minas Gerais`, `Charuto Cubano´ entre outras”, informação do portal http://nordestenovaidentidade.com/
“Forró da Sucupira”, na comunidade da Santa Cruz é mais um exemplo de resistência e preservação da cultura. Por iniciativa de moradores da localidade, o evento acontece há mais de vinte anos, em dois dias do mês de julho, reúne famílias de varias localidades para homenagear São Pedro, com muita música, comida típica e arrasta-pé.
Mais informação acesse: http://racahumanasambajunino.blogspot.com/